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Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 15:08
- Atualizado há 2 anos
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O pai de Jéssica Carline Ananias da Costa, 22, afirmou em rede nacional neste domingo (23) que perdoou a traição de sua esposa, Célia Forti, 48, e acredita que ela não foi diretamente responsável pela morte da filha. Hamilton Ananias, 58, afirmou à Rede Record que confia na versão apresentada por sua mulher à polícia e declarou: "Ela está sendo manipulada".Apesar de ter sido traído por Célia com o próprio genro, Bruno José da Costa, 26, que confessou ter assassinado a filha do casal com 31 facadas em parceria com a mãe da vítima, Hamilton não deixa dúvidas de que ainda confia na mulher. Casados há 25 anos, ele dispara: "Essa maldade ela não tinha".A reportagem da Rede Record também entrevistou Célia Forti e Bruno da Costa, principais acusados de orquestrar o crime. De acordo com a versão da polícia, os dois decidiram eliminar Jéssica Ananias depois que ela descobriu a traição, em janeiro deste ano. Na ocasião, ela chegou a espancar a própria mãe, afirmar que os dois jamais ficariam juntos e a expulsou de casa. Depois, contudo, Jéssica se arrependeu e perdoou a própria mãe, que voltou a morar na residência do casal.Célia (à esq.) e Bruno (à dir.) são acusados de tramar morte de Jéssica para ficar juntos Segundo depoimento prestado à polícia, Bruno disse que o homicídio foi orquestrado pelos amantes. Eles contrataram Bruno César Albino por R$ 500 para que ele roubasse o carro da vítima - tudo para que parecesse um caso de latrocínio. No dia do crime, os dois se encontraram em um motel para combinar os últimos detalhes e, então, Célia foi pegar a neta na escola para que Bruno ficasse sozinho com Jéssica em casa. Lá, ele a encurralou no banheiro e a esfaqueou até a morte.Leia mais:Mãe que tramou a morte da própria filha começou caso amoroso com genro no ano em que neta nasceuMãe passou tarde no motel com genro para tramar morte da própria filhaBruno afirma que os dois planejavam fugir para outro lugar e começar uma vida nova, mas Célia apresentou uma versão bastante diferente para o crime. Segundo ela, o genro a estava ameaçando porque estava apaixonado por ela. Mesmo afirmando não nutrir nenhum sentimento especial por Bruno, ela teria aceitado ter um caso amoroso com ele. "Ele (Bruno) usava a obsessão que ela (Jéssica) tinha por ele... 'Ela vai ser feliz, se você ficar comigo. Daí todo mundo vai ser feliz'", explica Célia.A versão é desmentida pelo amante. De acordo com ele, os dois mantinham um relacionamento intenso e que poderá ser verificado pela Justiça a partir de longas conversas na Internet e através de ligações telefônicas de até duas horas de duração. Ainda assim, Célia mantém sua versão: "Nunca, pelo amor de Deus, a minha filha era a minha paixão. E continua sendo. Um pedaço do meu coração foi embora".Os dois ainda serão julgados, mas para o delegado responsável pela investigação, Ítalo Sega, o envolvimento dos dois no crime é evidente. "No inquérito ficou claro e patente o envolvimento de ambos, até pela confissão do autor. E os fatos indicam que a Célia está absolutamente envolvida".>