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Adolescente tem parada cardíaca por dez minutos e acorda sem sequelas

Jovem foi diagnosticado com doença rara

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 31 de julho de 2025 às 10:51

Enzo Henrique Barbosa de Souza teve mal súbito Crédito: Reprodução

O adolescente Enzo Henrique Barbosa de Souza,16 anos, teve um mal súbito e ficou dez minutos com o coração parado. Ele estava com familiares e amigos em uma arena de esportes em Paranavaí, no noroeste do Paraná, quando passou mal e perdeu os sinais vitais. Ao receber socorro, acordou e surpreendeu a todos por não apresentar sequelas.

O caso aconteceu no dia 7 de maio deste ano. Câmeras de segurança da arena mostram quando Enzo está sentado em uma cadeira e, em questão de segundos, sua cabeça pende para trás. O coração dele também para de bater.

Por volta das 18h18, a primeira ligação para a ambulância acontece. Quatro minutos depois, o socorro chega, seguido do reforço de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel.

"A gente recebeu um acionamento de uma parada cardíaca. Isso é uma corrida contra o tempo, porque cada minuto conta para a gente trazer esse coração de volta. Quanto mais rápido ele volta a bater, menos sequelas a pessoa terá. Foi feito intubação no paciente, medicações, e cerca de 10 minutos depois, a gente conseguiu fazer o coração dele voltar a bater", detalhou a médica socorrista Amanda Dal Col, em entrevista ao RPC.

Enquanto os socorristas faziam massagem cardíaca em Enzo, familiares e amigos que estavam na arena de esportes se ajoelharam e rezaram. Após 26 minutos desde o mal súbito, o adolescente foi encaminhado ao hospital, onde ficou por 13 dias – sendo nove na UTI.

O cardiologista João Henrique Clasen disse ao RPC que a principal preocupação da equipe médica era de que Enzo ficasse com sequelas neurológicas, mas o caso do adolescente surpreendeu a todos no hospital, depois que, com a retirada dos sedativos, ele acordou sem sequelas.

"Tem várias pessoas que perdem a vida em episódios assim. Eu fui um milagre. Eu já estava morto praticamente. Foi Deus mesmo que me colocou de volta", disse o jovem.

Doença cardíaca

Após ser submetido a diversos exames, Enzo foi diagnosticado com uma doença rara, que acomete um a cada 500 brasileiros: cardiomiopatia hipertrófica. A doença é genética e se manifesta quando o músculo cardíaco, principalmente o ventrículo esquerdo, se torna espessado (hipertrofiado) e rígido.

A condição pode dificultar o bombeamento eficaz do sangue para o resto do corpo, levando a sintomas como falta de ar, dor no peito, desmaios e, em alguns casos, morte súbita.

No caso de Enzo, foi necessário o uso contínuo de um instrumento parecido com o marca-passo, chamado de Cardiodesfibrilador Implantável (CDI), que identifica o momento em que o paciente tem uma parada cardíaca e emite choques para que o coração volte ao ritmo normal.