Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2018 às 14:37
- Atualizado há 2 anos
Morreu nesta segunda-feira (14) o cineasta Roberto Farias, aos 86 nos, no Rio de Jeneiro. Realizador de clássicos como O Assalto ao Trem Pagador (1962) e de várias chanchadas, ele estava internado no hospital Copa Star, em Copacabana, onde fazia tratamento contra um câncer. A informação é da Central Globo de Comunicação. O corpo será velado e enterrado no Rio de Janeiro.>
Roberto Farias é irmão do ator Reginaldo Faria e tio do também ator Marcelo Faria – o "s" a mais no sobrenome foi devido a um erro durante registro no cartório. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, lamentou a morte do cineasta. “Foi um dos maiores diretores do nosso cinema e também um grande gestor público, com importante contribuição para a política de desenvolvimento do setor”, disse. O presidente Michel Temer também lamentou a morte do cineasta.>
Farias começou a carreira como assistente de direção e estreou no drama “Maior que o Ódio” (1951), de José Carlos Burle. Também atuou como produtor de diversos filmes. Como diretor, estreou em 1957 com “Rico Ri à Toa”, uma chanchada estrelada por Zé Trindade. Sua versão de “Assalto ao Trem Pagador” fez sucesso em 1962. Depois, fez vários filmes igualmente populares.>
Em 1982, lançou “Pra Frente, Brasil”, que mostrava a repressão da ditadura brasileira em longa estrelado pelo irmão, Reginaldo Faria. Cinco anos mais tarde, se juntou aos Trapalhões para as filmagens de “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”, que levou 2,6 milhões de espectadores aos cinemas. O cineasta fundou, em 1965, a Difilme, uma distribuidora independente, com o grupo Cinema Novo.>
Além disso, foi presidente do Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica, presidente do Júri do Festival do Cinema do Rio em 1986 e do Festival de Gramado de 2000. >