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Após críticas por taxa de 20%, Vaquinha para alpinista que resgatou corpo de Juliana Marins é cancelada

Organizações responsáveis informaram que vão fazer a devolução integral e automática das doações

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 30 de junho de 2025 às 08:40

Juliana Marins e Agam Rinjani
Juliana Marins e Agam Rinjani Crédito: Reprodução

A vaquinha online que foi realizada para levantar recursos para ajudar o alpinista Agam, que se voluntariou no resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que morreu após cair durante uma trilha na Indonésia, foi cancelada nesse domingo (29). Responsáveis pela iniciativa, a Voaa e o Razões para Acreditar anunciaram o cancelamento e informaram que vão fazer a devolução integral e automática das doações arrecadadas a partir desta segunda-feira (1). “Decidimos pelo cancelamento imediato da campanha, com a devolução integral e automática das doações realizadas até aqui”, informa o comunicado.

As instituições alegaram que optaram pelo cancelamento após os envolvidos terem sofrido “ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio” por estabelecerem uma taxa de 20% imposta na vaquinha. Em nota, informam que, nos últimos dias, a Voaa, o Razões para Acreditar e outras pessoas envolvidas com a história tornaram-se alvos de ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio.

"Reconhecemos com humildade que, neste momento, a discussão em torno da ‘Vaquinha do Agam’ desviou a atenção da essência da campanha e, principalmente, da história que desejávamos apoiar”, destacaram as organizações. Eles afirmaram ainda reconhecer que a comunicação nesta história poderia ter sido mais clara.

Os organizadores da vaquinha explicaram ainda que, por mais que seja uma decisão difícil, entendem que o caminho mais transparente neste momento é cancelar a campanha e devolver integralmente as doações "em respeito a Agam e a cada doador". "Tomamos essa decisão após muitos questionamentos relacionados à nossa taxa de administração de 20% que, apesar de comunicada em nosso site desde o início, gerou desconforto em algumas pessoas", afirmaram.

Segundo eles, a taxa de 20% praticada pela Voaa é resultado de um modelo de operação único, que vai muito além de simplemente disponibilizar uma plataforma para arrecadação. Eles argumentam que assumem integralmente uma curadoria, verificação, produção de conteúdo, comunicação estratégica, gestão jurídica e financeira, além do acompanhamento completo até o desfecho de cada campanha. Para isso, precisam manter uma equipe especializada e isso envolve inúmero custos fixos, explicam.

"Não se trata apenas de intermediar doações, mas de oferecer um serviço completo, seguro e transparente - que garante que cada história seja verdadeira, bem contada e que o valor arrecadado chegue com responsabilidade a quem realmente precisa”. Ainda sobre a devolução das contribuições, eles explicaram que elas serão feitas pelos meios originais de pagamento, automaticamente, sem a necessidade de ações adicionais por parte dos doadores e respeitando os prazos de cada meio.

Ainda que tenha reclamado do valor da taxa de 20%, a notícia do cancelamento não foi bem recebida pelos participantes. "Nossa, sacanagem, hein. Vocês foram atrás dele, ele nem queria, agora que gerou expectativas vão cancelar porque não aguentaram algumas críticas? A internet é isso, poderia ser uma taxa um pouco menor? Poderia, mas preferiram não destinar nada do que abrir mão de uma porcentagem?", lamentou uma doadora.

"Gente, que vexame. Entreguem o dinheiro ao herói e encerrem o assunto. Fica mais bonito assim", sugeriu outra pessoa. A postagem feita no começo da noite desse domingo constava, às 8h dessa segunda-feira (30), com quase 40 mil curtidas e 37 mil comentários. "Se o problema foi gerado por causa da taxa, reduzam a taxa e faça o valor arrecadado chegar até o destino final", propôs outro doador.

A mochileira morreu após cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, e foi encontrada sem vida na última terça-feira (24). Um dia antes, um drone registrou imagens da jovem imóvel a 500 metros do ponto da trilha. A família da vítima chegou a se mobilizar nas redes sociais para pressionar as autoridades indonésias a enviarem um resgate mais rápido à Juliana. No entanto, levou cerca de quatro dias para que seu corpo fosse içado para o topo, que estava a 650 metros.