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Vitor Rocha
Publicado em 3 de outubro de 2024 às 05:15
Apostadores estão correndo para retirar seus saques das casas de apostas por todo o Brasil. Isto porque, após determinação do Ministério da Fazenda, a Agência Nacional de Telefonia (Anatel) derrubará todos os sites irregulares no dia 11 deste mês. A partir desta terça-feira (1º), apenas 'bets' regulamentadas vão poder atuar no país. >
Com a saída eminente dos cassinos e sites de apostas esportivas não regulamentados, jogadores como Vinícius Nocera estão se agilizando para a retirada do dinheiro depositado nas empresas. "Coloquei R$ 300 na Esportes da Sorte para ver a Champions League. Quando vi que não estava na lista de empresas regulares eu retirei logo", relata. Até o dia 10 deste mês, as casas que não estão regulamentadas estão impossibilitadas de realizar apostas, mas permanecem no ar para que os clientes possam retirar os depósitos. >
Em geral, as bets disponibilizam o saque através da sua conta no aplicativo ou site. Após logar, o usuário vai até a seção do menu onde se encontram os valores depositados, normalmente chamada de "banco" ou "carteira", em que é possível sacar o dinheiro investido. "Normalmente o método de saque é o mesmo do aporte financeiro inicial. Dessa forma, se a pessoa entrou com o cartão de crédito, ela pode retirar com o cartão. Se depositou com Pix, ela pode retirar com o Pix e assim por diante", explica o mestre em Direito Econômico e advogado especializado em direito do consumidor Filipe Vieira.>
Apesar do caminho parecer simples, há alguns impeditivos, como os saques mínimo e máximo. A Esportes da Sorte, por exemplo, exige a quantia de R$ 10 para iniciar as retiradas, e um máximo de R$ 20 mil diários. "Alternativa para esses casos é que as pessoas acessem os canais de atendimento da casa de apostas e informem sobre ser brasileiro, sobre o fim das operações daquela casa aqui no Brasil, e peçam o reembolso", diz Filipe. Se a primeira linha de ação não funcionar, também é possível informar os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e solicitar o ressarcimento. Em último caso, ele destaca que é possível ajuizar uma ação contra a casa, porém, por não ter representação legal no Brasil, será uma ação demorada e custosa.>