Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2009 às 02:00
- Atualizado há 2 anos
O Conselho Monetário Nacional (CMN) criou uma linha de crédito de R$ 4,8 bilhões para financiar obras nos estádios que abrigarão a Copa do Mundo de 2014. Cada estado ou prefeitura das 12 cidades-sede poderá pegar emprestado R$ 400 milhões ou 75% do valor do projeto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).>
A linha de crédito está restrita aos estádios públicos ou construídos em parceria público-privada (PPP). O financiamento para os estádios privados será de exclusiva responsabilidade do BNDES, que analisará os riscos do projeto, como faz com qualquer tomador de empréstimo. Na prática, a medida significa que o Estádio do Morumbi, em São Paulo, não está incluído na linha de crédito.>
Segundo o chefe da Assessoria Econômica da Secretaria do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, entre os dois tipos de limites estabelecidos para cada tomador do empréstimo valerá o menor teto. “Se o projeto for de R$ 400 milhões, o ente público só poderá pegar emprestados R$ 300 milhões, que dá 75% do valor das obras do estádio. Se o projeto for de R$ 600 milhões, o limite será de R$ 400 milhões, que dá menos de 75% do projeto”, explicou.>
Destinada à construção e à reforma dos estádios, a linha de crédito também poderá ser usada para melhorias urbanas nos arredores dos locais de competição. “Não queremos que os estádios sejam enclaves com o único objetivo de abrigar a Copa do Mundo”, afirmou Jefferson.>
Os financiamentos serão corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 6% ao ano, mais 1,9 ponto percentual, o que daria juros finais de 7,9% ao ano pelos níveis atuais. Os estados e as prefeituras terão três anos de carência, em que pagarão apenas os juros da dívida, com prazo de mais 12 anos de pagamento.>
Bittencourt explicou que, por se tratar de uma operação dentro do próprio setor público, não está previsto o estabelecimento de garantias para a linha de crédito. Ele, no entanto, afirmou que os estados e as prefeituras que não pagarem os empréstimos poderão sofrer sanções.>
“Se algum governo estadual ou prefeitura não pagar o empréstimo, ficará inadimplente com a União e terá dificuldades em obter futuros financiamentos”, afirmou o assessor do Tesouro Nacional. >
(Com informações da Agência de Notícias)>