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Coletivos judaicos pressionam patrocinadores de Monark após defesa de partido de nazista

Em entrevista, ele afirmou que direito de ser 'anti-judeu' deve ser respeitado

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 12:54

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução

Depois que o apresentador do Flow Podcast, Monark, defendeu a existência de um partido nazista e disse ser legítimo ter um sentimento "anti-judeu", coletivos judaicos iniciaram uma campanha para que os financiadores parem de apoiar o programa. A conversa aconteceu durante conversa com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP). 

O Instituto Brasil-Israel questionou a loja de roupas Insider Stories, que tem a marca exibida no vídeo. “É sério que vocês vão continuar patrocinando quem diz que ‘tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei’ e que ‘se o cara quiser ser um anti-judeu, eu acho que ele tinha direito de ser’?.

O diretor do instituto, Daniel Douek, disse ao Yahoo que a pressão é uma das maneiras mais efetivas de enfrentar esse tipo de situação. "Pressionar plataformas e patrocinadores pelo estabelecimento de critérios e padrões de publicação, em vez de insistir na tentativa de convencimento daqueles que emitem discursos discriminatórios é muito mais efetivo. É a diferença entre atuar no varejo ou no atacado", avaliou.

O coletivo Judeus Pela Democracia também cobrou que patrocinadores se manifestem. “Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão", diz a mensagem.

Entenda "A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse Monark.

No Brasil, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89. Caso seja caracterizado o ato de divulgar ou comercializar materiais com ideologia nazista, a pena pode variar entre um a três anos de prisão e multa.

O podcaster foi rebatido na própria entrevista por Tabata, que afirmou que o nazismo coloca a população judaica em risco. "Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco coloca a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco", disse a parlamentar.

"As pessoas não têm o direito de ser idiotas?", questionou o apresentador.

Na sequência, Monark pergunta à deputada como o nazismo coloca os judeus em risco. "De que forma [isso acontece]? Quando [o nazismo] é uma minoria, não põe. Mas era [um risco] quando era uma maioria", emendou.

"A comunidade judaica até hoje tem que se preocupar com sua segurança porque recebe ameaça. O antissemitismo é uma coisa que tem ser combatida todos os dias", respondeu Tabata.

O deputado Kim Kataguiri também entrou na discussão. "Quando o Rui Costa, do PCO, fala em fuzilar burguês, por exemplo, aquilo está contemplado pela liberdade de expressão. Pelo menos no entendimento de hoje", disse. "E isso entra em contradição com violação de Direitos Humanos. Então, por essa definição, o partido comunista não deveria existir", completou.

Críticas na web O comentário de Monark foi muito criticado por usuários de redes sociais. No Twitter, termos como "nazismo", "monark" e "flow" ficaram entre os assuntos mais comentados durante todas as manhãs.

A maioria das reações foi extremamente negativa. Os internautas também pressionaram a MasterCard, empresa de cartões de crédito que patrocina o Flow, a cancelar a parceria. Recentemente, o iFood também encerrou um patrocínio ao podcast após um comentário de Monark.