Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 09:52
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa seus trabalhos nesta terça-feira (26) com mais de 900 requerimentos já protocolados. A maioria dos pedidos tem como objetivo convocar ou convidar nomes ligados ao escândalo revelado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que estimaram prejuízo de mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. >
Um dos principais alvos é Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de "careca do INSS", que já soma 15 requerimentos para ser ouvido: 14 convocações e um convite. Ele é apontado como peça central no esquema desvendado pela operação conjunta deflagrada em abril.>
Outro nome que aparece com frequência é o de Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-presidente do INSS e ex-ministro do Trabalho e Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro, cargo que ocupou com o nome de José Carlos Oliveira. Ao todo, há 13 pedidos para que ele seja convocado.>
Na sequência, está Alessandro Stefanutto, também ex-presidente do INSS, com 12 solicitações de convocação e um convite. As solicitações foram feitas tanto por parlamentares da base do governo quanto pela oposição.>
O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também está na lista de nomes mais mencionados, com 11 pedidos de convocação. Um deles é da senadora Leila Barros (PDT-DF), do mesmo partido de Lupi.>
O atual ministro da pasta, Wolney Queiroz, aparece em oito requerimentos — cinco de convocação e três de convite.>
Além de ex-diretores e ministros, alguns requerimentos miram ex-presidentes da República. Dois deputados federais da base governista, Rogério Correia (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP), pediram a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que tornaria sua presença obrigatória caso aprovado.>
Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou convites — de comparecimento facultativo — para os ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e para o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva.>
Todos os pedidos ainda precisam ser analisados e aprovados pela maioria dos membros da comissão para entrarem oficialmente na pauta da CPMI.>