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Perla Ribeiro
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 16:15
Mais de 20 milhões de pessoas convivem com algum tipo de arritmia no Brasil, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). Caracterizadas por batimentos acelerados, lentos ou irregulares, elas podem surgir em diferentes momentos e idades, mas merecem atenção especial em grupos com histórico de doenças coronarianas. >
Médico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), o cardiologista Wlademir dos Santos Junior explica que as arritmias podem aparecer em qualquer faixa etária, embora sejam mais frequentes em adultos com algum problema cardíaco prévio. “Os primeiros sinais geralmente são palpitações, tontura e episódios de desmaio. Esses sintomas indicam que o ritmo cardíaco pode estar fora do normal e precisam ser investigados”, explica.>
Alguns sinais, no entanto, costumam ser confundidos com situações corriqueiras. “Há casos de arritmias graves que se manifestam com sintomas semelhantes aos da labirintite, como vertigem e desequilíbrio. O perigo está em ignorar esses episódios, pois em algumas situações eles podem evoluir até uma parada cardíaca”, alerta o especialista.>
A semelhança entre os sintomas de arritmia e os de ansiedade, estresse ou cansaço também dificulta a percepção do problema. De acordo com o médico, o ideal é sempre realizar exames cardiológicos, pois só com uma avaliação adequada é possível diferenciar o que é emocional do que é uma alteração do coração.>
Os sinais>
Nos últimos anos, aparelhos de pressão de uso doméstico e relógios inteligentes começaram a apontar irregularidades nos batimentos cardíacos. Embora não substituam o diagnóstico médico, o cardiologista afirma que esses dispositivos funcionam como importantes sinalizadores. “Quando o equipamento indica arritmia, é fundamental procurar um médico e realizar exames específicos”, orienta.>
Mesmo na ausência de sintomas, Dr. Wlademir reforça a importância da prevenção. “É prudente que adultos façam check-ups cardíacos anuais, especialmente quem tem fatores de risco como hipertensão, colesterol alto, diabetes ou histórico familiar de doenças cardíacas", finaliza. Sendo assim, o alerta é simples, mas essencial: ouvir o próprio corpo e estar atento aos sinais pode fazer toda a diferença.>