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Carol Neves
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 09:04
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o corpo localizado na última quarta-feira (1º) em uma área de difícil acesso na Floresta da Tijuca é, muito provavelmente, do russo Denis Kopanev, de 33 anos, que estava desaparecido desde junho. A confirmação oficial depende de uma comparação entre o raio-x do crânio do turista, feito em 2010 e enviado pela família, e a estrutura óssea encontrada pela perícia. >
O cadáver foi localizado em avançado estado de decomposição por um mateiro da região. Ele percebeu um gosto estranho na água de um córrego e seguiu o rastro até encontrar o corpo, que estava de bruços, com o rosto submerso. Uma grande pedra foi encontrada logo acima, e a principal hipótese é que Denis tenha caído durante a noite, em um trecho escuro da trilha. Próximos ao local estavam a carteira, roupas e cartão de crédito do estrangeiro.>
Turista russo foi achado morto
Segundo a delegada Elen Souto, os dados do anel inteligente usado pelo russo também ajudam a esclarecer o caso. O dispositivo registrou movimentação até 22h30 do dia 9 de junho, quando os marcadores pararam abruptamente. “É possível verificar que os batimentos cardíacos de Denis cessam a partir de 22h30, e que ao longo da noite do dia 9 de junho até por volta de meia-noite, o que ocorre com a temperatura corporal de Denis é que a temperatura dele vai caindo, caracterizando um possível quadro de hipotermia”, disse a delegada, de acordo com o portal G1.>
As investigações mostraram que Denis desembarcou no Aeroporto de Jacarepaguá em 8 de junho, vindo de viagens pela Amazônia e Minas Gerais, e desapareceu cerca de 30 horas depois. Na segunda noite na cidade, ele saiu a pé em direção à Vista Chinesa após cancelar um carro de aplicativo. Testemunhas relataram que o turista chegou a se encontrar com homens marcados por aplicativo e consumiu drogas em grande quantidade.>
Buscas chegaram a mobilizar cães farejadores, drones e helicópteros ao longo de três meses, mas a linha de investigação nunca apontou para crime. “A única linha investigativa era de que Denis tinha se perdido na Mata Atlântica. Por isso foram realizadas quatro buscas ao longo desses três meses de investigação”, explicou Elen Souto.>
Para a delegada, a conclusão é clara: “A investigação conclui, portanto, que Denis não foi vítima de nenhum crime. Foi vítima de um acidente. Possivelmente se perdeu e a partir dali se acidentou”.>