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'Crime da mala': segunda perna humana é achada por pescadores na orla

Mulher foi esquartejada e teve partes do corpo abandonados em vários pontos da cidade; namorado foi preso

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 09:05

Publicitário foi preso pelo crime
Publicitário foi preso pelo crime Crédito: Reprodução

Uma segunda perna humana foi encontrada em Porto Alegre (RS), menos de 24 horas da primeira ser localizada. A suspeita é que as partes do corpo pertençam a uma mulher que foi esquartejada pelo namorado no chamado "crime da mala". O suspeito, Ricardo Jardim, de 65 anos, foi preso preventivamente na capital gaúcha, na sexta (5). 

Parte do membro e um pé foram encontrados por pescadores na orla do Guaíba, enquanto no sábado uma perna já havia sido localizada na orla de Ipanema, zona Sul da cidade. Peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) trabalham na comparação genética dos restos mortais para confirmar se pertencem à mesma vítima e se há conexão com o torso encontrado dentro de uma mala na rodoviária, no início de agosto.

O crime ganhou repercussão nacional quando funcionários da rodoviária encontraram o tronco da mulher dentro de um compartimento de guarda-volumes. Segundo a Polícia Civil, os braços e outras partes do corpo haviam sido localizados anteriormente em sacolas de lixo na Zona Leste. O DNA confirmou que todos os restos pertencem à mesma mulher.

De acordo com o delegado Mario Souza, responsável pelo caso, Jardim “é extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”. O crime é tratado como feminicídio, e o delegado afirmou que o suspeito teria agido “com a intenção de afrontar a sociedade” e demonstra alta capacidade de cometer delitos.

As investigações indicam que o homicídio também teve motivação financeira. Jardim teria tentado usar cartões da vítima e movimentar valores em contas bancárias após o crime. Imagens de câmeras da rodoviária registraram o momento em que ele deixou a mala com o corpo. A identidade da mulher ainda não foi divulgada.

Ricardo Jardim já possuía histórico criminal grave: em 2018, foi condenado a 28 anos de prisão pelo homicídio da própria mãe, cometido em 2015, crime pelo qual foi responsabilizado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse de arma. Na decisão, ele admitiu apenas ter escondido o corpo da mãe, negando o assassinato. Após progressão de regime, ele estava foragido antes da prisão recente.

Com a nova descoberta de restos mortais neste fim de semana, a Polícia Civil concentra esforços em localizar eventuais partes ainda faltantes e esclarecer a dinâmica completa do crime. O inquérito segue sob sigilo.