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Encontrado morto, juiz Edinaldo Cezar lutava por direitos humanos, infância e equidade racial

Juiz atuava no TJSE, no CNJ e foi um dos idealizadores do Encontro Nacional de Juízes Negros

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 2 de junho de 2025 às 05:30

Morre Ednaldo César Júnior
Morre Ednaldo César Júnior Crédito: Reprodução

A trajetória do juiz Edinaldo César Santos Júnior se consolidou como referência em direitos humanos, defesa da infância e juventude e luta pela equidade racial no sistema judiciário brasileiro. Encontrado morto neste domingo (1º), aos 45 anos, ele ocupava cargos estratégicos no Judiciário e se destacava pelo trabalho técnico e político em prol de uma Justiça mais inclusiva.

Natural de Aracaju (SE), Edinaldo era juiz de Direito no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) e juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também era doutorando em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo (USP) e possuía mestrado em Direitos Humanos pela Universidade Tiradentes.

Morre Ednaldo César Júnior por Reprodução

Ao longo da carreira, teve atuação marcante nas áreas da infância e juventude. Coordenou ações e políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes, tanto no TJSE quanto no CNJ, onde auxiliou na formulação de projetos estruturantes no setor.

No CNJ, também contribuiu com iniciativas voltadas à promoção da equidade racial e à democratização do Judiciário. Foi um dos idealizadores e articuladores do Encontro Nacional de Juízes e Juízas Negros (Enajun), evento anual que reúne magistrados para discutir o enfrentamento ao racismo institucional no sistema de Justiça.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania destacou a importância de sua atuação: “Dr. Edinaldo sempre teve um papel fundamental na construção de políticas públicas voltadas à infância e juventude. Sua ausência será sentida em todo o país.”

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também lamentou a perda. “Deixa um legado inestimável para o Direito e para a promoção da justiça racial no Brasil. Sua trajetória é exemplo para toda a magistratura.”

Além do trabalho institucional, Edinaldo era autor e organizador de livros jurídicos e foi professor universitário, contribuindo para a formação de novos profissionais do Direito. Colegas de diferentes regiões do país destacaram sua generosidade, firmeza ética e compromisso com os direitos fundamentais.