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Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 08:39
- Atualizado há 2 anos
Os pais de Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta dentro de uma escola em Petrolina (PE), na divisa com a Bahia, fizeram um desabafo após mais de dois meses de investigação sem pistas do assassino. "Esse monstro está solto na sociedade. A gente não sabe se ele vai agir novamente, com quem ou como. Minha vida parou, em todos os sentidos. Eu só penso em justiça", disse a mãe da menina Lucia Mota, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.Beatriz, 7 anos, foi morta com 42 facadas dentro da escola onde estudava (Foto: Reprodução)A garota, que morava com a família em uma chácara em Juazeiro, na Bahia, foi encontrada em um depósito de material esportivo desativado, que fica ao lado de uma quadra de esportes onde acontecia uma solenidade de formatura. Ela foi esfaqueada 42 vezes no tórax, membros superiores e inferiores.
"Parecia uma cena de guerra, as pessoas gritando e desesperadas. Eu perguntei: 'cadê Bia?'. Me apontaram para uma sala, perto do bebedouro. Quando eu cheguei na porta tinha um segurança e ele disse: 'moço, não há mais nada que o senhor possa fazer'", conta Sandro Romilton, pai da menina.Sandro é professor de inglês da instituição e chegou a interromper a festa e subir no palco duas vezes para chamar pela filha. Uma das organizadoras da festa também pediu ajuda para localizar a filha caçula do professor. Na mesma noite, a filha mais velha dele estava entre os formandos do Ensino Médio. Beatriz era aluna da escola no Ensino Fundamental.
"Beatriz, ô minha filha, onde você tá? Ô Bia, tá todo mundo procurando por você, meu amor. Ela está vestida como eu aqui, com o rosto da irmã. Ela tem sete anos, tava brincando com a coleguinha. Eu já procurei em todos os lugares que vocês imaginam nessa escola e ainda não achei minha filha, eu tô desesperado", disse Sandro desesperado no palco.Pais de menina morta relatam agonia e falta de explicações para o crime (Foto: Reprodução/TV Globo)Imagens internas durante a festa da escola mostram a última vez que Beatriz foi vista, brincando com uma amiga. Vinte minutos depois ela foi encontrada morta por uma faca de cozinha. Na época do crime, a escola só possuía câmeras na portaria, nos corredores e nos pátios. "Infelizmente nós não tínhamos instalado as câmeras na quadra", disse o administrador da escola Carlos André de Melo.
"Todas as manhãs eu acordo e sinto aquele impacto da dor e da realidade. Elucidar um caso como esse nos traria um pouco de conforto. Trazer Bia de volta, jamais! Mas nos daria mais tranquilidade", diz o pai de Beatriz. "É como se algo tivesse tirando de dentro de mim todas as minhas forças e todos meus sentimentos", completa a mãe.
A área da quadra continua interditada pela polícia. Um dos delegados à frente do caso, Marceone Ferreira Jacinto afirmou que "todos os esforços estão voltados para elucidar esse caso". A previsão é de que a polícia divulgue ainda nesta segunda-feira (22) um retrato falado dos suspeito de ter matado a menina.
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