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Yan Inácio
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 16:22
Conhecido como Etevaldo ou Bahia, um dos homens em situação de rua mortos após um ataque a tiros de fuzil nas proximidades do metrô Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (17), era percussionista em Salvador. >
Ele integrava o projeto social Batikum Afro, que promove oficinas de música afro-brasileira em comunidades na região onde o crime aconteceu. Etevaldo participava dos ensaios e costumava lembrar de quando morava em Salvador, disse Luccas Xaxará, diretor do projeto. "Ele sempre esteve participando de nossos ensaios cantando, conversando com a galera, trazendo um pouco da memória da cidade dele”, relembrou.>
Homem em situação de rua era conhecido como Etevaldo Bahia
Segundo Lucas, o homem vivia embaixo do viaduto há muitos anos e sofria com limitações de mobilidade causadas por AVCs. Mesmo assim, cantava nos eventos do projeto social e se relacionava com moradores da região: um cabeleireiro cortava o cabelo dele e vizinhos ofereciam alimentos. Etevaldo não tinha documentos. Luccas e outros integrantes do projeto social agora buscam os familiares dele para que ele tenha um enterro digno.>
“Fazemos aqui um apelo a todos amigos, apoiadores e autoridades, que nos ajudem a encontrar familiares ou pessoas que possam reconhecê-lo. Queremos garantir um sepultamento digno, preservar sua memória e prestar a ele o respeito que merece”, escreveu em uma publicação nas redes sociais.>
Dois homens foram mortos e um terceiro ficou gravemente ferido após serem atingidos por tiros de fuzil nas proximidades da estação de metrô de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (17).>
Segundo apuração da TV Globo, as vítimas viviam em situação de rua e costumavam dormir sob a marquise da estação, na Avenida Pastor Martin Luther King Júnior. O ataque aconteceu por volta das 4h, quando um carro parou em frente ao local e os ocupantes começaram a atirar.>
Policiais do 41º BPM (Irajá) foram acionados e, ao chegar, encontraram dois homens já mortos. O terceiro ferido foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.>
Moradores de rua executados com tiros de fuzil no Rio de Janeiro