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Perla Ribeiro
Agência Brasil
Publicado em 13 de agosto de 2025 às 12:52
A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quarta-feira (13), seis mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além dos mandados são cumpridos medidas de bloqueio e indisponibilidade de bens e ativos no valor estimado de R$ 3 milhões. As ações fazem parte da Operação Recupera que tem entre os alvo integrantes de uma quadrilha que tem entre seus membros funcionários e ex-funcionários da Caixa. >
As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal e estão sendo cumpridas em endereços relacionados aos acusados, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa e peculato eletrônico. Segundo a PF, as ações “prosseguem para identificar outros envolvidos, desarticular o esquema criminoso e recuperar os ativos desviados”.>
A PF informou que as fraudes começaram, em 2018, com a concessão indevida de benefícios assistenciais e previdenciários por meio da inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do banco. Os investigados se valiam de seus acessos para viabilizar as fraudes.>
Segundo as investigações, eles realizaram comprovações de vida fraudulentas de pessoas fictícias ou já falecidas, emitiam segundas vias de cartões de beneficiários inexistentes e autorizavam pagamentos irregulares. Além disso, os fraudadores utilizaram documentos adulterados para habilitar benefícios e atuavam sincronizadamente na inserção de dados falsos no sistema informatizado da Caixa.>
De acordo com a PF, a instituição financeira instaurou procedimento disciplinar que resultou na demissão dos envolvidos e na identificação de condutas ilícitas articuladas entre os autores, que já tinham antecedentes por faltas disciplinares semelhantes relacionadas à concessão indevida de benefícios. “Mesmo após a demissão, em 2022, os suspeitos deram continuidade ao esquema, delegando a terceiros o saque mensal de ao menos 17 benefícios fraudulentos ainda ativos”, diz a PF. >