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Fux interrompe Moraes e já sinaliza discordância em julgamento de Bolsonaro

Moraes rebateu questionamentos e defesas atacaram delação de Mauro Cid.

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 10:26

Ministro Fux
Ministro Fux Crédito: Rosinei Coutinho/STF

O julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal recomeçou nesta terça-feira (9) em clima de tensão, marcado por uma troca de falas entre os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux.

Durante a análise das preliminares levantadas pelas defesas dos acusados, Moraes destacou que dividiria sua exposição para dar mais “eficiência e celeridade” ao processo. Ele explicou que não aprofundaria pontos já decididos anteriormente pela Corte, mas trataria em detalhes de questões levantadas na fase de instrução.

Alexandre de Moraes abre com seu voto por Rosinei Coutinho/STF

Foi nesse momento que Luiz Fux interrompeu a explanação. Dirigindo-se ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, o ministro afirmou que voltaria a discutir as preliminares em seu voto. “Desde o recebimento da denúncia, por uma questão de coerência, sempre ressalvei e fiquei vencido nessas posições, por sorte que vou voltar a essa, muito embora, assim como a Vossa Excelência votando direto”, disse.

Fux se referia à sua posição de que o caso deveria ser julgado pelo Plenário, e não pela Primeira Turma. Essa divergência já havia sido registrada quando o STF analisou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.

Moraes respondeu lembrando que todas as preliminares já haviam sido decididas de forma unânime. Fux voltou a interrompê-lo, enfatizando que se referia ao momento “durante o recebimento da denúncia”. Moraes confirmou, mas o colega rebateu: “Estamos em julgamento”.

Além da divergência sobre a competência da Primeira Turma, Fux tem adotado posições vistas como favoráveis aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi o único a se opor ao uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro e já criticou a quantidade de versões apresentadas por Mauro Cid em sua delação premiada.

Os advogados dos réus também questionaram a validade da colaboração de Cid. Moraes, no entanto, rebateu: “Com todo respeito, isso beira litigância de má-fé. [...] Ou beira total desconhecimento dos autos, porque basta a leitura da colaboração premiada para verificar que, por uma estratégia de investigação, que pode ser mais ou menos correta, a Polícia Federal resolveu, ao invés de um grande depoimento único no dia 28 de agosto de 2023, resolveu fracioná-lo em oito depoimentos, porque eram oito fatos diversos”.

O julgamento prossegue ao longo da semana. Depois do voto de Moraes, devem se manifestar Flávio Dino, Fux, Cármen Lúcia e, por último, Zanin. Estão previstas sessões até sexta-feira (12).