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Golpes com reconhecimento facial fazem vítimas entre aposentados; veja como se proteger

Na prática, selfie hoje pode funcionar como assinatura e é preciso cuidado

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 2 de julho de 2025 às 10:02

Idosa
Reconhecimento Crédito: Shutterstock

Aposentados brasileiros continuam sendo alvo de fraudes, muitas delas envolvendo tecnologias de reconhecimento facial — criadas originalmente para oferecer mais segurança, mas que têm sido manipuladas para fins criminosos.

Foi o que aconteceu com Célia Moreno, entrevista ontem no Jornal Nacional, da TV Globo. Após ser abordada por duas pessoas que acabara de conhecer, ela aceitou tirar uma foto, acreditando que seria apenas uma selfie amistosa. “Achava que era uma selfie comigo e com ela. Aí ela mandou tirar os óculos e ficar séria, parada. Ela só falava: ‘Não está indo, não está dando, não foi, não foi’. Eu nem... Tirou umas dez fotos, até uma que bateu lá e deve ter valido”, relembra.

A abordagem continuou com um pedido para fotografar seus documentos sob o pretexto de entrega de uma cesta básica. Um mês depois, vieram as consequências: um desconto de R$ 600 em sua aposentadoria, sem qualquer contrato ou autorização formal. “Aí eu fiquei louca”, desabafa Célia.

Esse tipo de golpe é cada vez mais comum. A imagem do rosto, em alta resolução, pode ser usada para simular uma "assinatura digital" em operações financeiras. Segundo o especialista em dados Luiz Rodrigo Tozzi, “hoje, o reconhecimento facial é correspondente ao que antigamente era a assinatura. Muitos desses idosos, por exemplo, estão acostumados com relacionamento com banco somente no caixa ou fila, o banco físico, e não sabem que, se apontar para o próprio rosto, abrir sorriso, olhar para os lados, isso é uma garantia de assinatura mais forte ainda do que se estivesse lá assinando”.

A tecnologia funciona com base em até 80 pontos específicos do rosto, como a distância entre os olhos, o formato da boca e a profundidade dos globos oculares. Essas características formam uma espécie de “impressão facial”, única para cada pessoa e, por isso, altamente valiosa para criminosos.

Até fotos tiradas em portarias de prédios, se em boa resolução e iluminação adequada, podem ser usadas para fins de reconhecimento facial. Para reduzir os riscos, especialistas recomendam algumas atitudes preventivas:

evitar tirar fotos muito próximas do rosto;

desconfiar de insistências para refazer fotos;

manter óculos, bonés ou acessórios, que ajudam a impedir o mapeamento facial.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que o setor investe cerca de R$ 5 bilhões por ano em segurança cibernética e trabalha em parceria com órgãos como a Polícia Federal, Anatel e Ministério da Justiça para combater esse tipo de fraude.