Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Agência Brasil
Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 20:56
- Atualizado há 2 anos
O grupo de repatriados da China que está em quarentena na Base Aérea de Anápolis será liberado amanhã (23). Na última sexta-feira (21), foi feita a terceira e última coleta de material para exame específico para o novo coronavírus e, análise do Laboratório Central do Estado de Goiás mostrou resultados negativos. Cada um dos repatriados recebeu uma declaração do Ministério da Saúde informando o estado de saúde livre da doença pelo novo coronavírus (COVID-19).>
"Todos os hóspedes da Base Aérea de Anápolis, que permanecem com o quadro assintomático, serão transportados, neste domingo, pela Força Aérea Brasileira para nove estados do Brasil", diz a nota divulgada pelo Ministério da Defesa neste sábado.>
Os destinos são os seguintes:>
Distrito Federal - 20 passageiros, sendo 9 militares, 1 profissional do Ministério da Saúde, 1 profissional da EBC e 9 repatriados; São Paulo - 13 passageiros, sendo 11 repatriados, um militar e uma integrante do Ministério da Saúde; Rio de Janeiro - 11 militares; Paraná - 5 repatriados; Santa Catarina - 4 repatriados; Minas Gerais - 3 repatriados; Pará - 1 repatriada;>
Dois repatriados, transportados para Brasília, seguirão em voos comerciais para o Maranhão e para o Rio Grande do Norte. Um repatriado permanecerá em Anápolis (GO). >
Operação No dia 5 de fevereiro, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira foram à China buscar brasileiros em Wuhan, epicentro da doença que já matou mais de 2.300 pessoas na China . Entre brasileiros e familiares de outras nacionalidades, 34 chegaram ao Brasil no dia 9 de fevereiro. Além dos repatriados, 24 profissionais que fizeram parte do resgate também estão cumprindo a quarentena de 18 dias contados a partir da decolagem do avião brasileiro no dia 5. O procedimento é um protocolo internacional para evitar a disseminação da doença no Brasil.>
Casos suspeitos Até o momento, no Brasil, não há registro de casos da doença. O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, no período entre 18 de janeiro a 21 de fevereiro de 2020, foram notificados 154 casos para investigação de possível contaminação pelo coronavírus (COVID-19). O primeiro caso suspeito no Brasil foi notificado no dia 22 de janeiro de 2020. Desse total, apenas um caso (0,7%) caso permanece em investigação como caso suspeito, 51 (33,1%) foram descartados por confirmação laboratorial para outros vírus respiratórios e 102 (66,2%) foram classificados como excluídos, por não atenderem à definição de caso.>
"Destaca-se, no entanto, que todos os casos excluídos estão sendo monitorados conforme protocolo da vigilância da Influenza. O perfil epidemiológico do atual caso suspeito é: brasileira, sexo feminino, 21 anos de idade, residente da China, encontra-se atualmente no RJ, chegou ao Brasil no dia 17 de fevereiro de 2020, início dos sintomas no dia 11 de fevereiro de 2020 (febre,tosse,dor de garganta e fraqueza)", diz o boletim.>
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não foi estabelecido um tratamento definitivo para a doença. Contudo, a organização está aguardando os resultados de dois ensaios clínicos, incluindo uma combinação de medicamentos antivirais usados no tratamento do HIV. Os resultados devem ser conhecidos em três semanas.>
Disseminação Autoridades de saúde pública da China confirmaram, na sexta-feira (21), mais 109 mortes pelo novo coronavírus, elevando o total para 2.345 em todo o país. A maior parte ocorreu em Hubei, província onde o surto de coronavírus surgiu e cuja capital é Wuhan. As autoridades informaram sobre um número adicional de 397 casos confirmados, elevando o total de infecções para 76.288. Acrescentaram que o vírus está se alastrando em diversas prisões nas províncias de Hubei, Zhejiang e Shandong, onde mais de 500 presos e agentes penitenciários foram infectados.>