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Itamar Vieira Jr. se solidariza com Lilia Guerra após acusação de furto em hotel

Escritora paulista compartilhou no sábado (16) que recebeu um comunicado da organização da Flip sobre uma acusação de furto feita por uma pousada de Paraty

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 22:33

A escritora Lilia Guerra
A escritora Lilia Guerra na Flip 2025 Crédito: Reprodução/ YouTube

O escritor baiano Itamar Vieira Jr, dos premiados romances Torto Arado e Salvar o Fogo, foi à rede social nesta segunda-feira (18) para apoiar a colega paulista Lilia Guerra após ela compartilhar um relato sobre o furto de um lençol e de uma manta da pousada onde ficou hospedada em Paraty, durante a Festa Literária Internacional (Flip).

Lilia escreveu que, quase duas semanas depois de ter retornado para São Paulo, recebeu uma mensagem da gestão do evento, informando que a pousada onde se hospedou relatava que ela havia "levado um lençol e uma manta embora". "Fiquei tão espantada na hora que até ri. Minha Vó dizia que pobre ri à toa", disse ela no sábado (16), na rede social Substack.

"A produção da Festa foi contatada por que era responsável pela minha estadia e me colocou a par da situação. Me disseram que duvidavam muito que isso houvesse realmente ocorrido. Porém, que se tivesse sido assim, eu só precisava confirmar e eles providenciariam o ressarcimento", continuou Lilia no relato, afirmando também que houve pedidos de desculpas e que ela os aceitou.

Nesta segunda, Itamar escreveu que "o racismo não é um problema nosso. Não há o que lamentar, a não ser o desperdício de tempo que o abalo das acusações nos toma".

"Inacreditável que tenham te importunado com tamanha leviandade! Que tenham te causado qualquer sofrimento. O preconceito é torpe e não desaparece com desculpas. Só podemos mudar as coisas denunciando, como você bem fez, e deixando que os que operam o dispositivo da racialidade reconheçam a aberração de suas posições", disse Itamar.

"Você é imensa, Lilia, e sua obra revela o nosso país fraturado, dividido, dissimulado. Onde querem fazer o racismo parecer um ponto de vista. Onde sempre estão nos dizendo o que fazer, por onde ir, incomodados parecem com nossas escolhas. Por termos escolhido escrever sobre nossos incômodos, por compartilharmos nossa visão de mundo, por falarmos de onde viemos e dos que estão à nossa volta, por tornarmos públicas as nossas esperanças", diz o autor.

Lilia Guerra nasceu em São Paulo. Em 2014, publicou seu primeiro livro, Amor Avenida, reeditado pela editora Patuá em 2022. Lançou neste ano a compilação de contos Perifobia, que foi finalista do Prêmio Rio de Literatura. Em 2023, foi contemplada com o Prêmio Carolina Maria de Jesus pelo livro de contos Cavaco do Ofício, ainda inédito, e, em 2024, seu romance mais recente, O Céu para os Bastardos (Todavia, 2023), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura.

Além de escritora, Lilia também é auxiliar de enfermagem e atua no Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhando na promoção de ações de incentivo à leitura e à escrita, sobretudo nas periferias da cidade de São Paulo.