Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 16 de julho de 2025 às 10:59
Valmir Pereira Lima Júnior, de 21 anos, permanece internado em estado grave na UTI da Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, após ser brutalmente atacado por três cães da raça pitbull no último sábado (12). Apesar da gravidade dos ferimentos, os médicos informaram à família que o jovem está reagindo bem.>
A mãe de Valmir, Rosilene Galindo da Silva, disse que o filho foi submetido a uma cirurgia na artéria do braço na segunda-feira (14). A equipe médica ainda avaliava, ao longo do dia, como ele responderia ao procedimento. Antes disso, Valmir já havia passado por uma cirurgia de limpeza e recebido transfusões que totalizaram oito litros de sangue. Ele teve a orelha esquerda arrancada e sofreu uma grave lesão vascular.>
"Ele corre o risco de amputar o braço se a artéria não voltar a funcionar e pode ficar com sequelas. Eu perdi o chão, é só ele que eu tenho em casa. Tá difícil. Eu não quero que isso aconteça com outra família", desabafou Rosilene, em entrevista ao portal G1.>
Ataque>
O ataque ocorreu na casa de um amigo da vítima. De acordo com informações da polícia, os cães estavam presos em uma oficina ao lado da residência e teriam se agitado com a chegada de um entregador de pizza. Eles pularam o muro, invadiram o imóvel e atacaram o jovem, que sofreu mordidas nos braços, pernas e nádegas, além de perder parte da orelha e ter uma artéria rompida.>
O tutor dos animais, o comerciante Vanderlei Alves Santana, de 60 anos, não estava em casa no momento do ataque. Segundo ele, havia saído com o filho para comprar refrigerante e deixou o amigo sozinho na residência. Vanderlei afirmou que os cães costumavam ficar trancados na oficina, separada da casa por um portão que, segundo ele, estava fechado. Ele disse ter ficado em choque ao retornar e encontrar Valmir gravemente ferido na frente da casa.>
Daniel Santana, filho de Vanderlei e amigo da vítima, relatou que Valmir frequentava a casa há anos e que os cães nunca haviam demonstrado comportamento agressivo . Já Gabriel Santana, irmão de Daniel, foi alertado por vizinhos e, ao chegar, viu o momento do ataque. “Fiquei desesperado. Tentei afastar um dos cães, mas outro vinha em cima. Então puxei ele (a vítima) para fora. Pedi ajuda, mas ninguém ajudava. Começaram a jogar pedras nos cães, só que algumas acertavam ele também.”>
Gabriel disse que levou cerca de sete minutos para conseguir afastar os animais e colocá-los de volta na oficina. O socorro, segundo ele, teria demorado cerca de 45 minutos para chegar ao local. >