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Perla Ribeiro
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 13:48
A Justiça de São Paulo determinou que o caso da morte da influenciadora digital Bárbara Jankavski Marquez, conhecida nas redes sociais como "Barbie humana", saia da Vara Criminal e vá para a Vara do Júri. Para o Poder Judiciário, há indícios de que a influencer pode ter sido vítima de algum crime doloso contra a vida. As informações são do G1 SP.>
O Ministério Público (MP) e advogados da família de Bárbara, que pediram a mudança de vara à Justiça, suspeitam que ela pode ter sido assassinada. Eles alegam que havia sinais de violência física como lesões no olho, no pescoço e nas pernas da influencer. Bárbara foi encontrada sem vida pela Polícia Militar (PM), aos 31 anos, dentro da casa do defensor público Renato De Vitto, 51, na Lapa, Zona Oeste da capital paulista, no dia 2 de novembro desse ano. Outras duas pessoas também estiveram no imóvel.>
Barbie Humana é achada morta
Para o 7º Distrito Policial (DP/ Lapa), que investiga o caso como morte suspeita, Bárbara não foi vítima de nenhum tipo de crime. Por isso não surgiu nenhum suspeito. O defensor público e as outras duas pessoas que estavam na residência dele foram ouvidos como testemunhas. Uma amiga de Renato afirmou à investigação que viu Bárbara caindo e se machucando, o que justificaria as lesões. >
Renato informou em seu depoimento que contratou a influencer como garota de programa. Disse ainda que os dois consumiram cocaína, que ela dormiu e não acordou. Diante da situação, ele pediu ajuda por telefone ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O defensor contou ainda que fez massagem cardíaca por nove minutos em Bárbara, mas ela não reanimou. Quando a ambulância chegou, constatou a morte de Bárbara. A Polícia Militar foi chamada e encontrou a influencer seminua, com manchas pelo corpo.>
A previsão é que a Polícia Civil conclua o inquérito essa semana. Até então, a investigação aponta que a influencer teve uma morte acidental após usar cocaína. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) também confirmou que ela teve infarto por conta do uso da droga. A perícia não relaciona as lesões a possíveis agressões.>
Segundo o laudo necroscópico, a causa da morte foi "choque cardiogênico, decorrente de intoxicação exógena aguda". No entanto, após insistência dos advogados da família de Bárbara e concordância do MP, a Justiça decidiu se antecipar à conclusão do inquérito policial. E determinou que ele seja analisado futuramente pela Promotoria e pela Vara do Júri, que apuram crimes contra a vida.>