Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Larissa Almeida
Publicado em 28 de junho de 2025 às 20:40
O médico Luiz Antônio Garnica, preso por suspeita de ser o mandante do assassinato da esposa, a professora de pilates Larissa Rodrigues, teria avisado a amante sobre a morte da companheira cerca de 15 minutos antes da confirmação oficial do óbito. A informação consta na investigação do Ministério Público de São Paulo. >
Larissa foi encontrada morta pelo próprio marido, no apartamento onde viviam na zona Sul de Ribeirão Preto (SP), na manhã do dia 22 de março. A suspeita é de que ela tenha sido envenenada com “chumbinho”, substância tóxica proibida, mas comumente usada de forma ilegal como raticida. >
Segundo o Ministério Público, às 10h25, Luiz enviou uma mensagem de celular à amante dizendo que Larissa estava morta. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 10h34, e a médica responsável constatou o óbito por volta das 10h40. Mesmo já tendo informado a amante, Luiz simulou, diante da equipe do Samu, tentativas de reanimação na esposa. >
“Ele fez manobras de ressuscitação na frente da médica, simulou uma emoção quando ela disse que Larissa já estava em óbito. Tudo mostra que ele estava participando de uma cena, porque já sabia que ela estava morta, e a primeira pessoa que ele avisou foi a amante”, afirmou o promotor Marcus Túlio Nicolino à EPTV, afiliada da TV Globo. >
O médico está preso desde o dia 6 de maio, junto com a mãe, Elizabete Arrabaça, apontada como a executora do crime. Na noite anterior à morte, Elizabete esteve com Larissa enquanto Luiz estava no cinema com a amante. Para os investigadores, a motivação do crime estaria relacionada a dificuldades financeiras enfrentadas por mãe e filho. >
Neste sábado (28), Elizabete foi transferida da Penitenciária de Mogi Guaçu para a de Votorantim, ambas no interior paulista. Os dois foram indiciados por homicídio doloso qualificado por feminicídio e meio cruel. A denúncia formal deve ser apresentada à Justiça nos próximos dias. As defesas negam envolvimento no crime. >