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Megaoperação contra o Comando Vermelho deixa 20 mortos no Rio de Janeiro

Entre os mortos estão dois policiais; mais de 60 suspeitos foram presos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 28 de outubro de 2025 às 12:30

Fuzil apreendido na Operação Contenção
Fuzil apreendido na Operação Contenção tem bandeira da Bahia Crédito: Reprodução

A Operação Contenção, ação permanente do governo do estado para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, deixou pelo menos 20 mortos e 56 presos nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. Entre os mortos, estão 18 suspeitos e dois policiais civis: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna).

A ação, ainda em andamento até a última atualização, mobilizou cerca de 2.500 agentes de segurança para cumprir 100 mandados de prisão. Criminosos reagiram com barricadas em chamas, tiros e até lançamento de bombas por drones. Em vídeo registrado durante os confrontos, é possível ouvir quase 200 disparos em apenas um minuto, em meio a colunas de fumaça. Parte dos suspeitos fugiu em fila indiana pela parte alta das comunidades, em uma cena lembrando a ocupação do Alemão em 2010.

Entre os detidos estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, apontado como chefe do CV na região, e Nicolas Fernandes Soares, suspeito de operar financeiramente para Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso. A Secretaria de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, afirmou que “toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro”, e destacou que a operação atinge cerca de 280 mil moradores. “Essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, completou.

Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção por Reprodução

Os impactos na vida cotidiana foram imediatos. Escolas e postos de saúde suspenderam atividades: 28 unidades de ensino fecharam no Complexo do Alemão, 17 na Penha, e uma unidade estadual precisou ser interrompida. Cinco unidades de Atenção Primária da saúde suspenderam o funcionamento, enquanto uma clínica da família interrompeu visitas domiciliares. O transporte público também foi afetado, com 12 linhas de ônibus desviadas preventivamente para proteger rodoviários e passageiros.

No confronto, nove agentes de segurança foram baleados, dois morreram, e três civis foram atingidos por balas perdidas: um homem em situação de rua, uma mulher em uma academia e outro em um ferro-velho. A polícia apreendeu 31 fuzis, duas pistolas e nove motos.

A operação contou com apoio do Ministério Público do Rio (MPRJ), que acompanha o cumprimento de mandados e denúncias. Ao longo de um ano de investigação, foram identificados 67 denunciados por associação para o tráfico, além de três por tortura. Entre os principais líderes do CV estão Edgar Alves de Andrade, o Doca, e outros chefes como Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão. Segundo o MPRJ, eles “emitem ordens sobre a comercialização de drogas, determinam as escalas dos criminosos nas bocas de fumo e nos pontos de monitoramento e ordenam execuções de indivíduos que contrariem seus interesses”.

Participaram da operação policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), unidades operacionais da PM da capital e Região Metropolitana, e agentes da Polícia Civil de delegacias especializadas, distritais, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência. A ação contou ainda com helicópteros, blindados, veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.

Tags:

Comando Vermelho