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Empresa de internet nega que tenha recebido pedido de 'pedágio' de facção para atuar em Salvador

Vítimas teriam sido sequestradas por estarem trabalhando sem pagamento de propina

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 17:21

Técnicos de internet executados pelo Comando Vermelho (CV)
Técnicos de internet executados pelo Comando Vermelho (CV) Crédito: Reprodução

Após a execução de três técnicos de internet no Alto do Cabrito, em Salvador, na madrugada desta quarta-feira (17), a empresa Planet Internet afirmou, em nota, que não foi acionada para pagar o resgate dos funcionários. Os três foram encontrados mortos, amarrados e com sinais de tortura. Áudios que circulam em grupos de mensagens apontam que o dono da empresa teria sido contatado pelos sequestradores. 

A empresa também afirma que não recebeu ameaças para pagar taxas à traficantes que controlam áreas do Subúrbio Ferroviário, como foi denunciado por familiares de um dos mortos. "A Planet Internet encontra-se consternada com o ocorrido e vem prestando todo o apoio necessário às famílias dos funcionários. Destaca, ainda, que em momento algum, a empresa foi contactada, por quem quer que seja, muito menos, recebeu qualquer pedido de resgate ou de pagamento para acesso de suas equipes à localidade em questão", diz. 

Ricardo (de óculos), Jackson (de capacete) são as vítimas por Reprodução

A Planet Internet completa a nota dizendo que segue colaborando com as investigações junto às autoridades. Em entrevista ao CORREIO, o familiar de uma das vítimas lembrou relatos de ameaça sofridos por um dos técnicos enquanto trabalhava nas ruas e era abordado por traficantes, que mandavam recados intimidadores à empresa.

“Ricardo morreu por causa desse pedágio que eles cobram. Antes, ele já tinha sido ameaçado pelos traficantes, que liberaram eles para dar o recado [à empresa] e deixaram claro que, se não pagasse, onde os técnicos fossem, eles iriam matar. Queriam propina e ele morreu inocente”, disse um parente de Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos. Além dele, os técnicos Jackson Santos Macedo, 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28, foram mortos no crime.

A polícia investiga se o triplo homicídio é mais um resultado da prática cruel das facções criminosas que cobram taxas para empresas de serviços como internet e gás. Nesse caso, os criminosos seriam integrantes do Comando Vermelho.