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Morre Marcelo Beraba, fundador da Abraji, aos 74 anos

Funeral ocorrerá no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30), no Cemitério do Caju

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 28 de julho de 2025 às 21:18

Marcelo Beraba
Marcelo Beraba Crédito: Divulgação Abraji

O jornalista Marcelo Beraba, que influenciou gerações de repórteres ao comandar grandes redações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ao longo de mais de 50 anos de carreira, morreu nesta segunda-feira (28), aos 74 anos, no Rio. A causa da morte foi câncer no cérebro.

Beraba foi o idealizador e fundador da Abraji, associação responsável pela organização dos maiores congressos de jornalismo do hemisfério sul. Segundo Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, "sem Beraba não haveria Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Sem Beraba, a Abraji não teria crescido e se consolidado como uma das maiores organizações de jornalismo investigativo do mundo, indo muito além do que seus fundadores imaginavam naquele dezembro de 2002".

Em sua trajetória, Beraba tornou-se uma referência ética e profissional em grandes redações brasileiras, como as de O Globo, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, TV Globo e O Estado de S.Paulo. Ele dedicou sua carreira a formar equipes, identificar e treinar talentos, e a implementar as melhores práticas jornalísticas.

Sua influência se estendeu também ao jornalismo latino-americano, como destaca Ricardo Uceda, diretor do Instituto Prensa y Sociedad (Peru): "Ele foi um dos fundadores da Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo (COLPIN) e do seu Prêmio Latino-Americano, no qual atuou como jurado por mais de dez anos. Seu papel foi decisivo na (consolidação da) relação entre jornalistas brasileiros e latino-americanos, inexistente até duas décadas atrás."

Beraba era defensor da liberdade de imprensa e incansável promotor do jornalismo investigativo como ferramenta essencial para o fortalecimento da democracia. Acreditava que não se faz bom jornalismo sem bons jornalistas, daí ter incentivado cursos de treinamento de jornalistas nas redações que chefiou e como presidente da Abraji. Sua visão de um jornalismo crítico e investigativo pautou sua atuação em todos os veículos por onde passou. E se difundiu ainda mais através da Abraji.

Ele deixa a esposa, Elvira, duas filhas, dois enteados e três netos. A cerimônia de seu funeral ocorrerá nesta quarta-feira (30), no memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, da 12h30 às 15h30.