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Tharsila Prates
Publicado em 28 de julho de 2025 às 23:23
O policial federal baiano Wladimir Matos Soares, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo de tentativa de golpe de Estado, disse nesta segunda-feira (28) que “era fã” do ministro-relator da ação penal do golpe, Alexandre de Moraes. A declaração foi dada em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que encerrou hoje (28) o interrogatório de 31 réus nas ações penais sobre a trama golpista ocorrida no governo de Jair Bolsonaro. Os principais depoimentos foram colhidos ao longo deste mês.>
“Eu era muito fã dele porque, quando eu estudei Direito, foi pelo livro dele”, disse Soares ao comentar sobre sua trajetória profissional. O agente disse ter trabalhado em grandes eventos e que integrou a segurança pessoal de Moraes durante as Olímpiadas do Rio de Janeiro, em 2016.>
O agente federal, conhecido como Mike Papa pelos colegas, é acusado pela PGR de ter fornecido informações sobre a equipe de segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos militares que teriam tramado o plano “Punhal verde e amarelo”, cujo objetivo era assassiná-lo. O núcleo 3, do qual Wladimir faz parte, segundo a PGR, teria planejado ainda os assassinatos do próprio Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin.>
Os réus do núcleo 3 respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de bem tombado.>
Wladimir foi criado no bairro de Roma, na Cidade Baixa, em Salvador, e atuava na PF há 22 anos. Nas imediações da Rua Raimundo Bizarria, os moradores disseram que o admiravam pela carreira na corporação.>
Com informações do Estadão e da Agência Brasil>