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Estadão
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 13:37
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou sete funcionários e ex-funcionários da Câmara Municipal por suspeita de cometerem "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL). O chefe de gabinete Jorge Luiz Fernandes é acusado de liderar o esquema para desviar salários de servidores. O inquérito contra o vereador foi arquivado por falta de provas. Procurado pelo Estadão, o vereador não respondeu. >
Segundo a Promotoria, Jorge Luiz Fernandes criou e administrou as "rachadinhas" - prática em que funcionários públicos devolvem parte de seu salário para o líder do esquema. Segundo a denúncia, ele aproveitou a influência de ser chefe de gabinete para que os acusados fossem contratados como assessores do vereador entre 2005 e 2021.>
De acordo com o MP-RJ, no mínimo, R$ 1,7 milhão foi desviado para uma conta bancária administrada por Fernandes. O caso será encaminhado para a 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro, onde os acusados apresentarão suas defesas.>
Sobre Carlos Bolsonaro, a Promotoria concluiu que faltam indícios para sustentar acusações contra o vereador no esquema de "rachadinha". As investigações apontaram falta de provas que mostrassem movimentações financeiras do esquema para contas de Carlos ou relacionadas.>
"Embora existam indícios de que os assessores não estariam cumprindo corretamente sua jornada de trabalho, sem a devida prestação de serviços, não foi possível identificar nenhum indício de crime, apenas uma infração administrativa, o que torna os fatos atípicos do ponto de vista penal", diz o pedido de arquivamento da investigação contra o filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).>