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Mulher diz que foi levada a posto policial e obrigada a fazer sexo oral em PM após ser parada em blitz

PMs ouvidos não souberam precisar quanto tempo a mulher e policial passaram no posto

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 15:47

Mulher diz que foi levada a posto policial e obrigada a fazer sexo oral em PM após ser parada em blitz
Mulher diz que foi levada a posto policial e obrigada a fazer sexo oral em PM após ser parada em blitz Crédito: Reprodução

Uma mulher de 48 anos denunciou ter sido estuprada por um militar em um posto do Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv) no Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. De acordo com a vítima, o crime ocorreu na noite da última sexta-feira (10), após ter sido abordada por policiais em uma blitz. No momento, ela estava com uma amiga e duas filhas adolescentes no carros. Havia três agentes na blitz, e um deles, segundo ela, a levou para dentro do posto e obrigou que ela fizesse sexo oral nele. 

Em entrevista ao G1 PE, a mulher informou que, após o crime, o agressor entregou uma toalha para que ela se limpasse, e que mandou que ela tomasse dois copos d'água para tirar os vestígios do sexo oral da boca. Na terça-feira (14), dois dos três policiais que estavam no posto, sendo um soldado e um sargento, compareceram ao procedimento de reconhecimento dos suspeitos. Nenhum dos dois foi reconhecido pela mulher como o criminoso.

Cabo de Santo Agostinho: mulher diz que foi estuprada por PM após ser parada em blitz por Divulgação

O suspeito não foi ouvido, nem participou do procedimento de reconhecimento, pois apresentou um atestado médico de dor na coluna. No inquérito, o advogado que o representa alegou que ele sofreu um acidente de moto que lhe causou uma lesão na coluna e ocasionou afastamento das atividades por três dias

Os PMs ouvidos contaram que a mulher foi parada e que um dos sargentos, o que faltou à oitiva, recebeu a documentação dela. Ambos afirmaram que não viram o momento em que a mulher entrou no posto, mas que a viram saindo do local e que, em seguida, também saiu o sargento suspeito. Um dos PMs ouvidos não soube precisar quanto tempo a mulher e policial passaram no posto, e o outro disse que o tempo foi suficiente para que eles conseguissem abordar três veículos que passaram na pista.

Em seus depoimentos, os dois PMs ouvidos confirmaram que a mulher segurava um copo d'água no momento em que saiu do posto policial. Os dois PMs também disseram que o sargento não falou nada a respeito da abordagem, e apenas fez comentários sobre o cumprimento do quarto de hora. Ambos afirmaram, ainda, que não é comum a entrada de civis no posto policial. Um deles disse que há uma determinação do comandante da unidade proibindo a entrada de pessoas não autorizadas, e que não-policiais só entram no local para usar o banheiro, mas que isso não é comum.

A denunciante foi à Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que fica no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, para fazer o reconhecimento presencial dos agentes, mas um dos suspeitos faltou. Segundo ela, o reconhecimento por fotos já havia sido feito na Delegacia da Mulher do Cabo, onde registrou um boletim de ocorrência. Também prestou depoimento a amiga que estava com a mulher no momento da abordagem. Ela disse que a denunciante passou muito tempo no posto e uma das adolescentes no carro chegou a dormir enquanto a mãe estava no local. A amiga também afirmou que, após a abordagem, a mulher estava "muito nervosa e só queira sair dali, dizendo que era muita humilhação passar por aquilo", e que durante o trajeto até a casa de praia a denunciante repetiu diversas vezes "que era muita humilhação passar por aquilo".