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Agência Correio
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 12:17
Os caixas de autoatendimento em supermercados, que se tornaram comuns nos últimos anos, podem acabar em breve. Muitas empresas do setor varejista estão se posicionando contra essa modalidade de operação, e alguns estabelecimentos já diminuem o uso da tecnologia. Essa crise marca uma reversão no formato que, apesar de ter surgido em 1980, só alcançou seu auge há alguns anos, mas agora enfrenta forte resistência. >
Afinal, o descontentamento do público motivou a retirada dessas máquinas ao redor do mundo, abrangendo grandes redes nos Estados Unidos e Reino Unido.>
Mercado
A tecnologia, implementada em 1980, tinha a intenção de reduzir despesas com funcionários. Contudo, as companhias perceberam que as perdas são maiores do que os ganhos, devido à insatisfação e aos furtos.>
Desse modo, a tendência de reversão está se consolidando. Acompanhe a seguir os detalhes sobre como a crise se manifesta globalmente e os dados que provam que o autoatendimento se tornou um problema caro para o varejo.>
Recentemente, o Reino Unido demonstrou ser um palco importante desta reversão. A rede de supermercados Booths anunciou a remoção de 28 caixas de autoatendimento de um total de 30 lojas existentes.>
Nigel Murray, diretor-gerente da Booths, explicou à BBC que essa medida é uma resposta direta às alegações dos clientes, que há tempos consideravam as máquinas de escaneamento pouco confiáveis.>
Além disso, o diretor-gerente Murray destacou que os clientes frequentemente não conseguiam diferenciar diversos produtos no sistema. Outro ponto crítico envolvia a compra de bebidas alcoólicas.>
Neste caso, os funcionários precisavam ser acionados para realizar a verificação da idade do consumidor, anulando a proposta de autonomia total.>
Similarmente, a mesma movimentação contra o autoatendimento acontece nos Estados Unidos. Grandes redes varejistas americanas, como Costco, Walmart e Wegmans, estão adotando estratégias semelhantes de repensar ou reduzir o número de caixas de auto escaneamento disponíveis aos clientes.>
Portanto, a insatisfação ultrapassou fronteiras e se tornou um fenômeno global no setor varejista.>
Inicialmente, o varejo esperava que as máquinas de autoatendimento pudessem reduzir as despesas com colaboradores, especialmente após a implementação da tecnologia em 1980.>
Entretanto, as empresas logo perceberam que as perdas geradas superam os ganhos esperados. Afinal, a equação negativa inclui a insatisfação dos clientes, erros cometidos pelos próprios consumidores e, principalmente, furtos.>
Nesse sentido, um estudo recente trouxe dados alarmantes. A pesquisa, realizada com revendedores de diversos países, apontou que as máquinas de autoatendimento geraram uma taxa de roubo de 4%.>
Esse percentual é significativamente superior à média geral de furtos registrada em toda a indústria varejista, reforçando a crise de segurança e de confiança do formato.>