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Agência Correio
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 19:00
Manchas escuras no pescoço que lembram sujeira provocam dúvidas, constrangimento e até medo de doenças graves. Muitas pessoas esfregam a pele sem sucesso e acreditam que se trata apenas de falta de higiene, quando, na verdade, a explicação pode estar em condições dermatológicas específicas. >
Embora grande parte desses casos seja inofensiva, algumas alterações podem sinalizar problemas metabólicos importantes. Saber diferenciar cada situação é essencial para evitar alarmismo, mas também para não ignorar sinais que pedem investigação médica.>
Estresse provoca série de doenças que causam manchas vermelhas na pele
A chamada terra firma-forme dermatosis é uma das causas mais comuns das manchas que parecem sujeira no pescoço. Trata-se de placas escurecidas que não saem com água e sabão comuns, mas desaparecem facilmente quando esfregadas com álcool. Apesar do aspecto, não têm relação com falta de higiene nem com doenças internas.>
Outra condição frequente é a dermatose negligenciada. Nesse caso, o escurecimento ocorre pelo acúmulo de resíduos de suor, oleosidade e células mortas em áreas pouco higienizadas. Diferente da TFFD, ela está ligada diretamente aos hábitos de limpeza e também costuma desaparecer com álcool.>
Nos dois quadros, as manchas são essencialmente benignas e não indicam problemas sistêmicos. O desconforto é mais estético do que clínico, e o tratamento, quando necessário, é simples, com orientações dermatológicas básicas.>
A acantose nigricans é a condição que mais chama a atenção dos médicos quando surgem manchas escuras e aveludadas no pescoço. Diferente das anteriores, ela não sai com álcool e costuma aparecer também em dobras como axilas e virilhas.>
Esse tipo de mancha pode estar associado à resistência à insulina, obesidade, distúrbios hormonais e, em casos raros, até a alguns tipos de câncer. Por isso, quando há suspeita de acantose nigricans, a investigação clínica é indispensável.>
Outra condição menos comum é a papilomatose confluente e reticulada. Ela gera placas escurecidas em padrão rendilhado e pode ter relação com alterações metabólicas. Embora não seja frequente, também exige avaliação especializada para confirmação do diagnóstico.>
Um teste simples ajuda na triagem inicial: esfregar a área com algodão e álcool 70%. Se a mancha sair, é provável que se trate de TFFD ou dermatose negligenciada, condições benignas e sem impacto na saúde geral.>
Se a mancha não desaparecer, tiver aspecto aveludado, crescer progressivamente ou vier acompanhada de outros sintomas, como ganho de peso rápido ou alterações hormonais, o sinal de alerta está ligado à acantose nigricans. Nesse caso, não é indicada a automedicação.>
Procurar um dermatologista é sempre o caminho mais seguro quando há dúvida. O diagnóstico correto evita tratamentos desnecessários e permite identificar precocemente possíveis doenças metabólicas associadas, garantindo cuidado adequado e tranquilidade ao paciente.>