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Ana Beatriz Sousa
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 15:15
O nome de Márcio Garcia voltou ao centro de um imbróglio judicial que se arrasta há mais de duas décadas. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que o ator deve responder pessoalmente por uma dívida milionária ligada à academia MG Sete Cultura Física, da qual ele foi sócio formal até 2001. A 1ª Câmara de Direito Privado acatou, por unanimidade, o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, medida que permite envolver o patrimônio dos sócios quando há indícios de abuso ou fraude. >
A história tem início no começo dos anos 2000, quando o empresário Júlio Pignatari Júnior, amigo de Márcio na época, assumiu a função de fiador do imóvel onde funcionava a academia. Após o acúmulo de dívidas que chegaram a R$ 1,5 milhão, foi ele quem acabou cobrado judicialmente e precisou quitar o débito para evitar maiores prejuízos.>
A versão apresentada por Márcio, na época, era de que ele havia deixado a sociedade em 2001. Mas, segundo o Tribunal, isso não correspondeu à realidade. Para os desembargadores, o ator continuou atuando como sócio de fato: influenciava decisões, tratava diretamente de questões financeiras e até prometeu ressarcir o fiador, incluindo despesas com advogados.>
Mansão de Márcio Garcia
Esses elementos levaram o TJ a entender que houve simulação da saída da empresa, ocultação da real situação financeira do negócio e tentativa de se esquivar das responsabilidades, caracterizando desvio de finalidade e má-fé. Com isso, uma decisão anterior da 42ª Vara Cível foi revertida, e Márcio passou a integrar o polo de devedores no processo, que hoje ultrapassa R$ 10 milhões, considerando a atualização dos valores.>
Esse não é o primeiro desdobramento entre o ator e o antigo amigo. Em 2018, Márcio já havia sido condenado a pagar R$ 80 mil a Pignatari por danos morais relacionados à mesma situação.>
O espaço permanece aberto para manifestação.>