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Tharsila Prates
Publicado em 4 de agosto de 2025 às 22:40
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 25 anos, passou nesta segunda-feira (4) por uma nova audiência de custódia e teve a prisão mantida pela Justiça. Ele também será transferido para uma cela coletiva no complexo da Penitenciária Dr. Serrano Neves, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, conhecida como Bangu 3. >
“O mandado de prisão está dentro do prazo de validade e a decisão que gerou sua expedição não foi revogada, por decisão recursal. Sendo regulares o ato prisional e o mandado de prisão no caso concreto e não havendo requerimentos de mérito não há nada a prover”, escreveu a juíza da Central de Custódia, Laura Noal Garcia, que presidiu a audiência de hoje.>
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a galeria para onde irá Oruam abriga os presos do Comando Vermelho.
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O rapper está preso preventivamente desde o dia 22 de julho, quando decidiu se entregar à Polícia Civil.>
No dia anterior, Oruam e amigos atiraram pedras contra policiais civis que foram à casa dele, no bairro do Joá, zona oeste do Rio, cumprir um mandado de prisão contra um adolescente que estaria na casa dele. O suspeito conseguiu fugir.>
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No último dia 30, a Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público fluminense e tornou Oruam réu por tentativa de homicídio qualificada. Na decisão, a juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, também incluiu Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, 22 anos, amigo de Oruam.>
Os promotores afirmam que Oruam e Willyam agiram com dolo eventual, ou seja, assumiram o risco de matar. A denúncia destaca que algumas das pedras arremessadas pesavam até 4,85 kg, com potencial para causar lesões fatais. Ao todo, sete pedras teriam sido jogadas de uma janela do andar superior, em uma altura de 4,5 metros. Diante da gravidade dos fatos, o MP do Rio pediu a prisão preventiva dos dois, alegando risco à ordem pública e à condução das investigações.>
Oruam foi acusado de associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. A acusação inicial entendeu como tentativa de ameaça o rapper dizer que era filho de Marcinho VP, um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho.>