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Larissa Almeida
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 10:53
O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva foi condenado a devolver R$ 1,4 milhão aos cofres públicos por ocupar, durante anos, um cargo fantasma na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A decisão integra um acordo judicial firmado no processo por improbidade administrativa, movido pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). >
Além do ressarcimento, o religioso deverá pagar uma multa de R$ 46,5 mil, que será quitada em dez parcelas. Segundo o MP, ele teria obtido um enriquecimento ilícito superior a R$ 3 milhões no período em que recebeu salários sem exercer qualquer função no Legislativo goiano. >
A ação começou em 2015, quando vieram à tona as suspeitas de que Luiz Augusto permanecia na folha de pagamento da Alego mesmo sem trabalhar. Na época, ele afirmou que, se fosse obrigado a devolver o dinheiro, acabaria preso por não ter condições financeiras para quitar a dívida. >
Atualmente, o padre atua na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, e está aposentado do serviço público por decisão judicial. O MP apontou que, como servidor fantasma, ele recebia mensalmente R$ 11.803, valor que gerou prejuízo ao erário e violou princípios constitucionais. >
Luiz Augusto ingressou na Alego em março de 1980. Após sua ordenação sacerdotal, deixou de cumprir as atribuições do cargo, mas continuou recebendo remuneração por décadas, até o início das investigações. O acordo homologado agora encerra a disputa judicial iniciada há quase dez anos. >