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Carol Neves
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 12:44
Uma cena de um padre leiloando uma cueca durante uma festa religiosa em Alvorada, no interior do Tocantins, viralizou nas redes sociais. Depois da repercussão da cena, o padre, o padre Thiago Zanardi, responsável pela Paróquia São Francisco de Assis, desabafou com os fiéis e atribuiu a circulação das imagens a uma “funcionária do capeta, com espírito de ronca e fuça”. >
Durante a missa transmitida pelo YouTube no último domingo (9), Zanardi relatou que ficou surpreso ao descobrir que o vídeo havia sido enviado para a imprensa cerca de um mês após o evento. >
Padre leiloou cueca
“Alguém não perdeu a oportunidade e filmou aquela brincadeira toda. Passados 30 dias da nossa festa, uma surpresa. Uma funcionária do capeta com o espírito de ronca e fuça mandou para o g1 Tocantins o vídeo do padre leiloando a cueca”, afirmou.>
A “brincadeira” do leilão>
O episódio ocorreu durante o 53º Festejo de São Francisco de Assis, em 28 de setembro de 2025. O evento incluía missa do vaqueiro e do agricultor, além de um tradicional leilão de animais e prendas. Em meio à animação, o padre acabou virando atração inesperada.>
Segundo ele, a cena começou de forma espontânea. “O padre já tinha perdido o chapéu, o cinto, a botina e alguém brinca: ‘Agora é a cueca do padre’. E, quando eu me dei conta, estavam leiloando e já estava em R$ 1.500. Eu falei: por R$ 1.500 eu não vendo, não. Subi numa cadeira, mostrei o cós da cueca. Não tirei.”>
No vídeo que circula em grupos de WhatsApp, o padre aparece com camisa clerical e chapéu de vaqueiro. Em tom descontraído, ele puxa o cós da cueca e dança enquanto o leiloeiro aumenta os lances:>
“Dois mil na cueca do padre. Parou? Vou vender por R$ 2. Vai descer o martelo. R$ 3 mil aqui. Vou vender por três mil”, diz o locutor.>
Repercussão e apoio do bispo>
Após a viralização das imagens, Zanardi contou que conversou com o bispo da Diocese de Porto Nacional. Segundo ele, o religioso avaliou que não houve irregularidade.>
“A única pessoa a quem eu devo satisfação, que não me cobrou, mas justifiquei e pedi que, se fosse o caso de alguma advertência canônica, que me desse, foi o senhor bispo, que tranquilamente disse: ‘Padre, não houve imoralidade alguma’.”>