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Pai de homem encontrado em cativeiro diz que filho pediu para ficar preso

Ele alega que filho estava no local há apenas uma semana, depois de voltar para casa e pedir para ficar preso para evitar usar drogas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 18:13

 - Atualizado há 2 anos

(Foto: Polícia Civil)O pai de Armando Bezerra de Andrade, 36 anos, homem que era mantido em cárcere privado em Guarulhos, na Grande São Paulo, disse à Polícia Civil que ele mesmo havia pedido para ficar preso. Ele contou que Armando saiu de casa no final da adolescência, voltou somente na segunda-feira (17) e pediu para ficar preso, por ser usuário de drogas. Ele também pediu comida ao pai. 

O porteiro Amâncio Bezerra de Andrade, 67 anos, pai de Armando, não foi preso em flagrante porque procurou a polícia espontaneamente. Para a polícia, não há motivo para pedir prisão preventiva do suspeito. 

Armando foi achado em um cômodo trancado a chave por fora. Ele estava desnutrido e desidratado. A polícia investiga exatamente quanto tempo Armando ficou no quarto, de cerca de 16 metros quadrados, que tem apenas uma cama e um balde. Anexo, havia um banheiro em péssimo estado de conservação. 

Vizinhos denunciaram que Armando era mantido em cárcere há cerca de 18 anos, quando foi visto na região pela última vez. O pai disse aos vizinhos que Armando tinha ido viver em Pernambuco. Laudos do Instituto Médico Legal (IML) devem ajudar a determinar há quanto tempo realmente ele estava no local.

Com a descoberta do caso, a família se mudou e vizinhos picharam a casa. Policiais chegaram por acaso ao local. Eles iam cumprir um mandado de busca e apreensão em uma investigação de roubo, mas erraram o número e acabaram entrando na casa de Andrade. 

O pai foi indiciado por cárcere privado e maus-tratos. A madrasta e um irmão, que também viviam na casa, não foram incluídos no inquérito. A polícia diz que Armando não estava acorrentado, mas que havia uma argola presa ao lado da cama que podia ser usado para amarrá-lo. "Nas condições em que foi encontrado, ele estaria morto em um mês", diz o delegado Celso Marchiori, titular do 8° Distrito Policial de Guarulhos. 

Socorrido, Armando foi levado ao Hospital dos Pimentas. Ele tinha sinais de transtornos mentais e não conseguia falar.