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Pai não sabe se conseguirá voltar ao Brasil com corpo da filha : 'cada vez mais a dor aumenta'

Laudo indicou que Juliana morreu cerca de 20 minutos depois de uma queda na trilha de um vulcão, por conta de ferimentos internos

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 27 de junho de 2025 às 10:54

Pai de Juliana Marins
Pai de Juliana Marins Crédito: Reprodução

Na Indonésia para resolver as questões burocráticas para que o corpo da filha Juliana Marins possa ser trazido para o Brasil, o pai da jovem que morreu depois de cair em uma trilha, Manoel Marins, usou as redes sociais para fazer mais um desabafo: “Não sei se eu vou conseguir voltar com ela ou se o corpo ainda vai demorar um pouco, mas já estou com muita saudade”, disse ele em vídeo nos Stories do Instagram, na noite desta quinta-feira (26), no horário de Brasília. Juliana foi encontrada morta após cair da trilha do Monte Rinjani, dentro do segundo maior vulcão da Indonésia. 

Divulgado nesta sexta-feira (27), o laudo da autópsia indicou que Juliana morreu cerca de 20 minutos depois de uma queda na trilha de um vulcão no Monte Rinjani, na Indonésia, por conta de ferimentos internos . A causa da morte foi trauma torácico grave provocado por impacto de alta intensidade, o que levou a danos internos e uma hemorragia severa. Antes do resultado, o pai disse que estava em Lombok, na cidade de Mataram, e que iria para Bali nesta sexta para acompanhar os trâmites do caso.

“Vou para Bali, acompanhar a necrópsia da Ju e conseguir o atestado de óbito, para que a gente possa voltar com ela para o Brasil”. Ele também aproveitou o desabafo para falar da dor e da saudade que já sente da filha. “Ontem, chorei muito, não dormi bem. Filha, te amo demais, demais, demais, e cada vez mais a dor aumenta. Descanse nos braços do Pai, querida, que Deus te abençoe ricamente”, desabafou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um decreto que permite que corpos de brasileiros mortos no exterior sejam trazidos de volta para o Brasil com custeio do governo federal, o que antes não era permitido. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27). Lula fez uma ligação para conversar com a família de Juliana, manifestou seu pesar pela morte da jovem, e garantiu que o governo ajudará a trazê-la de volta para que a família possa se despedir.

Com o laudo finalizado, o corpo de Juliana será liberado para repatriação com o apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia. A família da jovem, natural de Niterói (RJ), ainda não divulgou data para o velório ou sepultamento, que deve acontecer na cidade natal da jovem. Juliana caiu no sábado (21), por volta das 6h30 da manhã, na trilha de Cemara Nunggal, uma das passagens mais desafiadoras da rota até o cume do Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia. O local da queda é conhecido pela instabilidade do terreno, forte inclinação e variações climáticas repentinas.

A vítima despencou de uma altura estimada de até 200 metros em direção ao lago Segara Anak. Apesar da gravidade do acidente, imagens de drones feitas por outros escaladores indicavam que Juliana ainda estava viva logo após a queda - sentada e mexendo as mãos. Depois disso, o corpo dela ainda escorregou na montanha. O corpo só foi localizado quatro dias depois, em 25 de junho, após condições climáticas adversas atrasarem os esforços de resgate.

O corpo da jovem chegou ao Hospital Bali Mandara, em Bali, por volta das 11h35 (horário de Brasília) de ontem para a realização da autópsia. Foi levado do Hospital Bhayangkara, na província onde o vulcão está localizado, de ambulância, já que não há peritos na província. O exame foi conduzido na noite de ontem.