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Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 23:07
- Atualizado há 2 anos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que partiu de um policial militar o tiro que matou a jovem Kathlen Romeu em junho deste ano. O Ministério Público denunciou cinco PMs por terem alterado a cena do crime. A denúncia foi feita nesta segunda-feira (13).>
Segundo o Ministério Público do Rio, os cabos da PM Rodrigo Correia Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos Felipe da Silva Salviano recolheram cartuchos deflagrados na ação policial pelos fuzis de dois deles - os cabos Salviano e Frias.>
Mais tarde o cabo Frias, em conjunto com os outros dois cabos e com o sargento Rafael Chaves de Oliveira, apresentou à Polícia Civil outros 12 cartuchos e um carregador de fuzil com dez munições intactas.>
A denúncia afirma que, ao invés de preservarem o local, aguardando a chegada de peritos, os PMs alteraram fraudulentamente a cena com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos.>
O MP diz que o capitão da polícia militar Jeanderson Corrêa Sodré também estava na cena do crime e se omitiu quando tinha, por lei, o dever de vigilância sobre as ações de seus comandados.>
A designer de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos, foi morta em junho com um tiro de fuzil quando visitava a família no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio. Ela estava no quarto mês de gravidez e tinha se mudado da região justamente para fugir da violência.>
Um vídeo obtido pela investigação mostra policiais militares se movimentando no local, aparentemente recolhendo material do chão, pouco depois da morte de Kathlen.>
Os três cabos e o sargento foram denunciados por duas fraudes processuais, ao recolherem cápsulas deflagradas pela polícia e apresentarem outras munições na delegacia, e também por dois crimes de falso testemunho, ao mentirem nos depoimentos tanto à Polícia Civil quanto à Polícia Judiciária Militar. O MP pede a prisão dos quatro.>