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Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2019 às 15:31
- Atualizado há 2 anos
Foto: Divulgação/PF A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (21) a Operação Egypto, que investiga uma instituição financeira que atua sem autorização do Banco Central no mercado de criptomoedas. A ação tem o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.>
Cerca de 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis foram às ruas para cumprir dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Porto Alegre (3), Novo Hamburgo (13), Esteio (1), Estância Velha (2), Campo Bom (1); Laguna (1) e Florianópolis (1) no estado de Santa Catarina e em São Paulo (3), capital paulista.>
O alvo é a empresa InDeal, que teria movimentado, em apenas seis meses, R$ 700 milhões. O inquérito foi instaurado em janeiro para investigar a atuação da empresa, que estaria captando recursos de terceiros para investimento no mercado de criptomoedas. Conforme a PF, a companhia assumia o compromisso de retorno de, pelo menos, 15% no primeiro mês de aplicação.>
A operação foi denominada Egypto pela similaridade da palavra com o termo "cripto" e pelo fato de que o negócio da empresa foi classificado por terceiros como de "pirâmide financeira".>
Além dos mandados, foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo.>
Segundo a assessoria da PF, levantamentos da Receita Federal mostram que uma das contas da empresa teria recebido os créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.>
Os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.>
Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas. A InDeal ainda não se posicionou sobre o assunto.>