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Pix Automático e Pix Recorrente: entenda as diferenças entre as duas modalidades

Embora tenham propostas parecidas, cada um deles atende a necessidades e perfis de uso diferentes

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 16 de junho de 2025 às 11:59

Pix
Pix Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

Com o avanço do sistema de pagamentos instantâneos, os brasileiros passam a contar agora com duas modalidades distintas para agendar transferências e cobranças recorrentes: o Pix Recorrente e o recém-lançado Pix Automático. Embora tenham propostas parecidas, cada um deles atende a necessidades e perfis de uso diferentes. O Pix Automático, que começou a operar nesta segunda-feira (16), permite que pagamentos recorrentes sejam agendados com uma única autorização prévia do usuário, trazendo maior flexibilidade para empresas e consumidores. A modalidade pode ser usada tanto para valores fixos quanto variáveis, não possui limite de agendamentos ou prazo máximo, e está disponível para recebimentos em contas de pessoas jurídicas.

Já o Pix Recorrente, que continua ativo, possui regras mais restritas. Ele permite apenas valores fixos, com agendamento único de até 60 pagamentos em um prazo máximo de dois anos, sendo bastante utilizado em situações como o agendamento de mesadas ou transferências periódicas entre familiares. “O Pix Automático amplia o alcance dos pagamentos programados, mas não substitui o Recorrente. São soluções complementares que atendem necessidades distintas. Enquanto o Recorrente facilita a organização financeira em transferências pessoais, o Automático traz flexibilidade e escala para pagamentos de serviços e contratos recorrentes”, afirma Jonatas Giovinazzo, presidente da INIT, associação que representa os Iniciadores de Transação de Pagamento no Brasil.

Com a promessa de substituir o débito automático e os boletos, o Pix automático entra em vigor nesta segunda-feira (16). Extensão do Pix, a ferramenta permite ao usuário autorizar pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEI). O cliente autoriza uma única vez, com os débitos ocorrendo automaticamente na conta do pagador. Desde o fim de maio, o Pix automático está disponível para todos os clientes do Banco do Brasil. A maior parte das instituições financeiras, no entanto, só começa a oferecer o serviço nesta segunda.

A ferramenta pretende beneficiar tanto empresas quanto consumidores. De acordo com o Banco Central (BC), o débito automático beneficiará até 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito. Para as empresas, a nova tecnologia facilitará a cobrança ao simplificar a adesão à cobrança automática. Isso porque, o débito automático exige convênios com cada um dos bancos, o que na prática só era possível a grandes companhias. Com o Pix automático, bastará a empresa ou o MEI pedir a adesão ao banco onde tem conta.

“Pessoas que hoje não tem cartão de crédito vão poder ter acesso a uma série de serviços ou a uma série de facilidades, mas não só a facilidade daquele serviço que ela já tem acesso, mas a serviços que ela não tinha acesso por não ter uma modalidade de contratação desse jeito. E quem tem um cartão de crédito e pode fazer, terá também uma série de conveniências”, explicou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

O Pix automático só é válido para pessoas físicas como pagadoras e empresas ou prestadores de serviços como cobradores. O pagamento periódico entre pessoas físicas, como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos, é feito por outra modalidade, o Pix agendado recorrente, obrigatório desde outubro de 2024. Algumas empresas, principalmente micro e pequenas, usavam o Pix agendado recorrente para cobranças periódicas. O Pix automático promete simplificar as operações de cobrança.

No Pix agendado recorrente, o pagador tinha de digitar a chave com a conta da empresa, o valor e a periodicidade da cobrança, o que poderia levar a erros e divergências. No Pix automático, o usuário receberá uma proposta de adesão, bastando confirmar a cobrança, podendo ajustar valores e a frequência dos pagamentos.