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PM afasta tenente que matou lutador das atividades policiais: proibido de usar farda e receberá apenas 1/3 do salário

O crime contra Leandro Lo ocorreu em 7 de agosto de 2022, durante show de pagode do grupo Pixote, em São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 08:31

PM afasta tenente que matou lutador das atividades policiais: proibido de usar farda e receberá apenas 1/3 do salário
PM afasta tenente que matou lutador das atividades policiais: proibido de usar farda e receberá apenas 1/3 do salário Crédito: Reprodução

Julgado e absolvido pela morte do lutador Leandro Lo, o tenente Henrique Otavio Oliveira Velozo foi afastado das atividades oficiais da corporação pelo Comando Geral da Polícia Militar de São Paulo. De acordo com informação da PM, apesar de a Justiça ter determinado liminarmente a reintegração dele à corporação, Henrique Velozo “não retornará às suas atividades normais até a decisão final do Poder Judiciário”. As informações são do G1 SP.

A PM diz que, até lá, Velozo "ficará sujeito a um regime disciplinar específico previsto em lei, que determina o afastamento das funções, a proibição do uso de uniforme, o recebimento de apenas um terço da remuneração e a impossibilidade de ser promovido". Na prática, isso significa que o PM que matou o campeão mundial de jiu-jítsu vai continuar recebendo 1/3 do salário de R$ 14,6 mil do 49º Batalhão, onde é lotado, mas sem participar das atividades policiais.

Lutador de jiu-jitsu Leandro Lo por Reprodução/Instagram

A decisão de afastamento foi publicada no Diário Oficial no dia 1° de dezembro e foi tomada por unanimidade pelos membros do Conselho de Justificação da Polícia Militar, segundo a publicação. Depois de mais de três anos preso pelo crime, Velozo foi absolvido da morte do lutador em 14 de novembro pelo júri popular, que considerou que ele agiu em legítima defesa ao dar um tiro na cabeça do atleta.

Por causa da absolvição, Velozo foi reintegrado à Polícia Militar de São Paulo em 18 de novembro, voltando a receber em setembro o salário de R$ 14,6 mil. Na ocasião, os advogados de defesa de Velozo afirmaram que a demissão no final de setembro pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi "ilegal, por desrespeitar o devido processo legal" e aconteceu antes do júri, que considerou que ele agiu em legítima defesa.

O crime contra Leandro Lo ocorreu em 7 de agosto de 2022, durante show de pagode do grupo Pixote no Clube Sírio. O PM e o lutador tiveram uma discussão dentro do clube e Velozo disparou um tiro na cabeça do campeão mundial de jiu-jítsu. Henrique ficou mais de três anos preso preventivamente, acusado por homicídio doloso (intencional) triplamente qualificado por motivo torpe, perigo comum (ter colocado outras pessoas em risco) e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Após a sentença de absolvição do júri por legítima defesa, ele foi solto. Velozo gravou um vídeo público pedindo perdão para a família de Leandro Lo. Sem dar detalhes, ele disse que o que ocorreu no evento o deixou numa situação sem escolha, que foi, segundo ele, a de atirar para não morrer. Leandro tinha 33 anos quando morreu. Ele foi campeão mundial de jiu-jítsu por oito vezes. A última conquista, na categoria meio-pesado, tinha sido em 2022, a primeira em 2012, na categoria peso-leve.