Quem era Amália Barros, deputada federal bolsonarista que morreu aos 39 anos

A parlamentar, que também atuava como vice-presidente do PL Mulher, era amiga e uma das aliadas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL)

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Publicado em 12 de maio de 2024 às 14:07

Amália Barros, deputada federal bolsonarista morreu aos 39 anos Crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A deputada federal Amália Barros (PL-MT) morreu na madrugada deste domingo (12). Ela tinha 39 anos e estava hospitalizada desde o dia 1º de maio após ter sido submetida à retirada de um nódulo no pâncreas.

Amália Scudeler de Barros Santos nasceu em Mogi Mirim, São Paulo, e era formada em Jornalismo. Aos 20 anos, perdeu a visão do olho esquerdo após contrair toxoplasmose. Amália passou por 15 cirurgias, teve que remover o olho e usava uma prótese ocular.

Tinha como marca registrada o gesto de cobrir o olho esquerdo com a mão. Sua atuação como deputada era em defesa da visibilidade de pessoas monoculares. Ela quem inspirou a Lei 14.126/2021, que classifica a visão com apenas um olho como uma deficiência sensorial.

Sua carreira política começou em 2022, quando foi eleita deputada federal pelo Mato Grosso, com mais de 70 mil votos. A parlamentar, que também atuava como vice-presidente do PL Mulher, era amiga e uma das aliadas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Amália passou as últimas semanas no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o mesmo estabelecimento que atende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde segunda-feira, 6.

Durante o período no hospital, a deputada enfrentou vários procedimentos médicos, sendo o primeiro deles a cirurgia para a remoção do tumor. Conforme informações da equipe médica, no sábado, no dia 4 foi realizada uma nova intervenção, descrita como "reabordagem cirúrgica", da qual a paciente saiu "estável, consciente e respirando espontaneamente".

Na terça-feira, 7, Amália passou por um procedimento de drenagem das vias biliares e na sexta, 10, por um procedimento adicional de radiointervenção. Segundo boletim médico do último sábado, 11, a deputada seguia em estado grave e sob cuidados intensivos.