Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Publicado em 23 de julho de 2025 às 11:48
Celebrado nesta quinta-feira (24), o Dia Mundial da Tequila é um convite para redescobrir o destilado que melhor representa a cultura mexicana. Embora seja servido tradicionalmente com sal e limão, o destilado tem ganhado espaço em degustações, coquetéis autorais e harmonizações sofisticadas. >
Para marcar a data, Michel Felício, embaixador da Casa Cuervo no Brasil, comenta os principais mitos e verdades sobre a bebida, e mostra por que ela está mais atual do que nunca. >
MITO: “É comum ouvirmos que tequila é ‘forte demais’, mas isso é mais uma percepção do que realidade”, diz o especialista. “A maior parte das tequilas tem 40% de teor alcoólico, o mesmo que vodca, uísque ou rum. A diferença é que muita gente consome tequila em shots, o que intensifica a sensação de impacto”. Rótulos como Jose Cuervo Tradicional ou 1800 Reposado oferecem equilíbrio e complexidade, com o mesmo teor de outras bebidas destiladas. >
VERDADEIRO: “Assim como o champagne só pode ser produzido na região de Champagne, na França, a tequila só pode ser feita no México. Esse controle de origem é o que garante a autenticidade da bebida e protege toda uma herança cultural”, pontua Michel. Segundo a legislação mexicana, apenas as bebidas produzidas em uma das cinco regiões autorizadas — Jalisco, Nayarit, Guanajuato, Michoacán e Tamaulipas — e que contenham no mínimo 51% de agave-azul podem ser oficialmente classificadas como tequila. O próprio nome da bebida homenageia o povoado de Tequila, localizado nos arredores de Guadalajara. É ali que está a histórica Destilaria La Rojeña, da Jose Cuervo, considerada a mais antiga da América Latina ainda em operação. >
MITO: O envelhecimento interfere na cor, no aroma e no sabor da tequila, mas não determina sua qualidade, como explica Michel: “Existe uma valorização muito grande das tequilas envelhecidas, como as reposado e añejo, mas isso não significa que as jovens sejam inferiores. Na verdade, muitas das inovações mais interessantes vêm de tequilas envelhecidas. É o caso das chamadas tequilas cristalinas, que mantêm o sabor e aroma característicos de uma tequila maturada, mas com o visual limpo e translúcido das versões não envelhecidas — como a Maestro Dobel Diamante, a primeira tequila cristalina da história. Ela é uma tequila reposado que descansa por sete meses em barris de carvalho do Leste Europeu e depois passa por um processo de filtragem com carvão ativado, que remove a coloração sem comprometer a complexidade sensorial da bebida.” >
MEIO VERDADE: “Essa prática surgiu fora do México e não faz parte da tradição local”, esclarece o embaixador. “No México, a tequila é consumida pura e em pequenos goles. É uma forma muito mais rica de apreciar os aromas e sabores da bebida. E claro, ela também brilha nos coquetéis, não só na margarita, mas em diversas receitas autorais que valorizam sua complexidade”.>
MITO: “A ressaca não está ligada ao tipo de bebida, e sim ao excesso e à qualidade do que se consome”, afirma Michel. “Tequilas de qualidade, com processo limpo costumam ser mais leves nesse sentido. A dica é: escolha bem o que está no seu copo e se mantenha sempre bem hidratado. Isso faz toda diferença no dia seguinte!”>
VERDADEIRO: Ao contrário do que muitos imaginam, a tequila tem conquistado cada vez mais espaço entre o público jovem e os entusiastas de coquetelaria. Nas redes sociais, bares e festivais, a bebida aparece em alta nas tendências globais, impulsionada por rótulos premium e por uma cultura que valoriza experiências mais autênticas e sofisticadas. “Essa popularidade crescente mostra que a tequila está longe de ser uma bebida datada ou limitada a um perfil específico”, conclui Michel. >
No Brasil, os rótulos da Casa Cuervo são distribuídos com exclusividade pela Aurora Fine Brands, referência em bebidas premium. >