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Secretário baiano que chefia Rouanet chama Paulo Coelho de 'maconheiro' e 'idiota'

Paulo Coelho chamou Mario Frias e Porciuncula de "palermas" ao comentar corte de viagem após gastos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2022 às 15:39

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

O secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, atual responsável pelo orçamento da Lei Rouanet, chamou o escritor Paulo Coelho de "maconheiro" e "idiota". As ofensas foram ditas em resposta a uma postagem do escritor e membro da Academia Brasileira de Letras sobre o secretário Especial de Cultura, Mario Frias, ter sido cortado da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), que embarca para Rússia nesta segunda-feira (14). 

Paulo Coelho chamou Mario Frias e Porciuncula de "palermas" em uma publicação em sua conta no Twitter.

"Finalmente uma boa decisão de @jairbolsonaro : limar os palermas @mfriasoficial e @andreporci - que prometem e não mostram os recibos da mamata da viagem aos EUA - de continuar o turismo tosco. Lembro q não permitiram o Festival do Capão captar recursos. Mas nós vimos a tempo", escreveu o escritor.

Após governo negar apoio, Paulo Coelho se oferece para patrocinar Festival do Capão

Ao responder o escritor, Porciuncula escreveu: "Maconheiro, palerma é você. A viagem foi remarcada devido as tensões na região, mas ainda iremos, temos acordos culturais internacionais para celebrar com a Rússia e Hungria. E idiota, eu não fui para NY, Mário fez uma delegação pequena e econômica."

Gastos de viagem a Nova York

De malas prontas para a Rússia com mais quatro assessores, Mario Frias, foi obrigado a cancelar a viagem. A ordem partiu da Presidência da República, que decidiu por uma comitiva mais enxuta e repassou a orientação a todos os ministérios que contavam com representantes na agenda

O presidente Jair Bolsonaro parte nesta segunda-feira, dia 14, para visitas de Estado a Moscou e a Budapeste (Hungria), em meio a uma escalada da tensão geopolítica na região, envolvendo a Ucrânia. Com a iminência de um conflito militar, o presidente foi aconselhado a adiar a visita, mas optou por mantê-la.

Além das capitais russa e húngara, a previsão era a de que Frias e seus assessores também estendessem a viagem a Varsóvia, na Polônia. Este destino também foi suspenso, ao menos por enquanto, informou a Secretaria Especial da Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo.

"Devido à orientação da Presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo cancelada a viagem para remarcar em outra data", informou a Secretaria.

Viajariam com Frias, além de Porciúncula, o secretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, o chefe de gabinete, Raphael Azevedo e o secretário de audiovisual, Felipe Cruz Pedri.

Ontem, o secretário fez uma live nas redes sociais, mas para comentar de outra polêmica relacionada a viagens - a que fez para Nova York em dezembro do ano passado. Na apresentação, ele não mencionou o cancelamento para Rússia, Hungria e Polônia.

O deslocamento para a cidade norte-americana, que durou cinco dias com quatro compromissos oficiais na agenda, foi alvo de um pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo Ministério Público (MP) vinculado ao órgão na sexta-feira (11) para que investigue os gastos da viagem.

O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, quer que o tribunal averigue "se a viagem custeada com recursos públicos possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público ou se serviu para atender - às escusas da lei - interesse personalíssimo e privado".

A viagem foi classificada como "urgente" pela secretaria e, segundo o Diário Oficial da União, o ministro estaria em Nova York para divulgar um "projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte" com o lutador de jiu-jitsu bolsonarista Renzo Gracie, que o convidou. Para ir até lá, o secretário despendeu R$ 39 mil junto com Oliveira. Os dois também foram ressarcidos pelo governo por testes de covid-19, no valor total de R$ 3,6 mil.