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Tatuador com recorde no Guinness muda de nome porque 'já não era mais a mesma pessoa'

Antes Michel Praddo, conhecido como Diabão, trocou de identidade após entrar na Justiça

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2024 às 17:55

Antes Michel Praddo, Diabão trocou de nome e assumiu 'vida nova' em definitivo
Antes Michel Praddo, Diabão trocou de nome e assumiu 'vida nova' em definitivo Crédito: Arquivo Pessoal

O tatuador brasileiro que está no Guinness por conta de modificações corporais, adotou Diabão como novo nome oficial. Com a decisão, o nome Michel Praddo ficou no passado. As informações são do g1.

O morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, explicou que a ideia de mudar de nome surgiu há aproximadamente dois anos, após dezenas de modificações corporais e a popularização do 'apelido'. O tatuador disse que, desde então, buscou na Justiça formas de realizar o desejo pessoal.

Ele afirmou ter realizado um sonho com a nova identidade: "Percebi que já não era mais a mesma pessoa", disse.

"Comecei a minha modificação interna primeiro do que a externa", explicou ele. "Foi uma realização muito grande, pois realmente não me vejo mais como Michel, mas totalmente como o Diabão, que, inclusive, é uma pessoa altamente cristã".

‘Sinistro’ cristão

Diabão ressaltou que não se submete às modificações corporais para parecer uma figura maligna. Apesar do visual ‘exótico’, Diabão é cristão e acredita que o 'Diabo' não possui a imagem caricata com chifres e garras, mas sim um visual considerado 'bonito'.

"As pessoas têm essa ideia porque veem a minha modificação dentro do 'sinistro', que é algo que me atrai. Alguns acreditam que quero parecer com o 'Diabo' ou que tenha uma religiosidade satânica, mas é o contrário disso", afirmou.

Por fim, o tatuador afirmou que a mudança de nome conclui uma fase na sua vida. O apelido 'Diabão', adotado há anos após sofrer preconceito nas ruas por conta de tatuagens e piercings, conduziu uma etapa de mudanças de hábitos e atitudes.

"O Michel foi uma pessoa que abandonou o pai no hospital até a morte, e então aprendi que existe uma dor maior do que a saudade, que é o remorso. Já o Diabão é a pessoa que cuidou de uma vizinha, uma senhorinha que no início demonstrava medo, mas depois se tornou minha 'vozinha'", disse.

Diabão complementou dizendo que, hoje, sente-se completo com a própria identidade. "Aprendi muito com quem eu era e realmente me tornei uma outra pessoa", finalizou.

O que diz a lei?

A lei federal 14.382/22 facilitou a mudança do primeiro nome sem necessidade de justificativa. Apesar da diminuição nas restrições, a alteração do primeiro nome só pode ser feita uma vez. Para desfazê-la, é necessária uma ação judicial.

Para solicitar a mudança, é preciso ir presencialmente a um Cartório de Registro Civil. O interessado precisa ser maior de 18 anos, levar os documentos pessoais (RG e CPF), e pagar a taxa.