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Técnico administrativo tem salário maior que do reitor da USP: R$ 30 mil

A remuneração mensal mais alta da USP é de um professor aposentado que alcança o valor de R$ 60 mil

  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 07:50

 - Atualizado há 2 anos

A divulgação dos salários de todos os funcionários da Universidade de São Paulo (USP), no site da Transparência da Universidade, mostrou que um técnico em assuntos administrativos ganha mais do que o reitor: R$ 30,3 mil - o salário do reitor é de R$ 28,9 mil por mês. Uma bibliotecária chega a ganhar R$ 24 mil. Foto: DivulgaçãoA remuneração mensal mais alta da USP alcança o valor de R$ 60 mil, do professor aposentado Arrigo Leonardo Angelini, de 90 anos, do Instituto de Psicologia. Salários que estejam acima do teto do Estado - R$ 20,6 mil mensais - deverão ser cortados pela universidade por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “A gente tem de saber quais são os critérios para atribuir salários na USP, porque todo mundo paga essa conta”, diz a especialista em educação Ilona Becskeházy. A informação sobre o salário foi antecipada pela Folha de S.Paulo, que ganhou uma ação na Justiça que obrigava a USP a fornecer os dados. Procurada, a Reitoria da USP não se manifestou.Demissão voluntáriaForam abertas nesta segunda-feira (17) as inscrições para o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) da USP. Os funcionários da instituição com contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderão se candidatar até o dia 31 de dezembro. Com a medida, a universidade pretende diminuir em 10% o quadro de servidores, dispensando cerca de 1,7 mil trabalhadores.Podem se inscrever servidores técnicos e administrativos com até 67 anos de idade. A partir da adesão, os funcionários receberão, além das verbas rescisórias as quais já têm direito, duas indenizações: um salário por ano trabalhado na USP (com o limite de 20 salários e R$ 400 mil) e 40% do valor depositado pela instituição a título de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).A lista com os nomes dos servidores com os pedidos aprovados no PIDV deve ser divulgada em janeiro de 2015. As rescisões contratuais estão previstas para ocorrer entre fevereiro e abril do ano que vem. O custo do programa está estimado em R$ 400 milhões.

A medida é uma tentativa da USP de contornar a crise financeira dos últimos meses. Os valores repassados pelo governo de São Paulo não têm sido suficientes para honrar os compromissos da instituição, que tem usado uma reserva financeira para fechar as contas. Por lei, são repassados para as universidades estaduais paulistas 9,57% do arrecadado com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Magno de Carvalho, criticou o programa. Segundo ele, os servidores das áreas de segurança e dos restaurantes enfrentam dificuldades para cumprir as tarefas devido à falta de pessoal. “Não tem funcionários. Os que ficam não dão conta e, por isso, está todo mundo ficando doente. Têm vários setores críticos na universidade”, ressaltou.

De acordo com Carvalho, o governo estadual usa artifícios e não repassa os valores devidos às universidades. Além disso, ele defendeu que o estado gaste com educação, incluindo o ensino básico, 33% do arrecadado com o ICMS.

O Sintusp convocou uma paralisação para o próximo dia 26. O sindicato quer uma reunião com a reitoria para discutir o reajuste salarial e, entre outras pautas, questões como o das doenças laborais. “Retornamos ao trabalho no dia 22 de setembro e, desde então aguardamos o agendamento da reunião que não ocorreu”, ressaltou o comunicado lembrando a greve ocorrida na instituição.