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Veja 10 dicas para quitar as dívidas e começar 2026 com o nome limpo

Bahia é líder do ranking de inadimplência no Nordeste e já acumula cerca de 4,9 milhões de consumidores endividados

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 15:30

Dívidas
Dívidas Crédito: Shutterstock

Em todo o país, cerca de 78 milhões de brasileiros estão inadimplentes, quase metade da população adulta economicamente ativa. A Bahia, por sua vez, lidera o ranking de inadimplência no Nordeste e já acumula cerca de 4,9 milhões de consumidores endividados, segundo dados da Serasa. Neste cenário, novembro se tornou o mês decisivo para quem quer virar o jogo financeiro e encerrar 2025 com as contas em dia após o pagamento da primeira parcela do 13° salário. A estimativa é que aproximadamente R$ 321,4 bilhões sejam injetados na economia brasileira.

O cartão de crédito lidera as causas de endividamento no país, representando 69% dos casos. Ele é seguido de empréstimos pessoais (56%) e cheque especial (31%). Os juros do cartão de crédito rotativo atingiram 451,5% ao ano em agosto de 2025, tornando essa modalidade uma das mais caras do mercado.

O educador financeiro Everton Barros alerta que este pode ser o último recurso para evitar que pequenas dívidas se tornem "bolas de neve impagáveis". O especialista listou dez dicas para para quem deseja terminar o ano com o nome limpo.

1: Faça um diagnóstico completo da situação

Antes de qualquer decisão, mapeie todas as dívidas com os valores principais, juros, prazos e credores. Inclua cartões de crédito, empréstimos, financiamentos e até pequenas dívidas esquecidas. É possível consultar seu CPF gratuitamente nos sites da Serasa, SPC Brasil ou Boa Vista para descobrir débitos que você desconhece.

A organização das finanças é essencial para evitar o endividamento por Imagem: Kmpzzz | Shutterstock

2: Priorize as dívidas com juros estratosféricos

Com o cartão de crédito rotativo cobrando 451,5% ao ano e o cheque especial em 134,7% ao ano, essas modalidades devem ter prioridade absoluta. Siga a seguinte ordem de ataque: cartão de crédito rotativo e parcelado, cheque especial, crediário e financiamentos de lojas, empréstimos pessoais convencionais e por ultimo, o consignado pelo fato dos juros mais baixos, em torno de 26,5% ao ano.

3: Negocie com estratégia

Na negociação, sempre comece oferecendo 30% a 40% do valor à vista, se não conseguir um desconto satisfatório, peça para dividir em menos vezes possível. É importante gravar todas as conversas e guardar comprovantes de acordos. Priorize aqueles que limpem seu nome imediatamente (evite promessas de “até 5 dias úteis”).

‘Novembro é o mês do poder de barganha, os credores sabem que você receberá o 13º e estão mais propensos a oferecer descontos agressivos’, relata o Barros.

Plataformas oficiais tradicionalmente ajudam muito nesta época do ano. Sempre que possível consulte ações como Serasa Limpa Nome, com descontos de até 97% em acordos, assim como o Feirão Serasa, que atua com mutirões periódicos com condições especiais, além do programa Desenrola Brasil, uma iniciativa governamental para renegociação.

4: Corte o ciclo e pare de contrair novas dívidas

O custo do crédito no Brasil está entre os maiores do mundo, com juros rotativos ultrapassando 450% ao ano, por isso, enquanto não estabilizar a situação, evite parcelamentos em lojas (juros embutidos), compras no crédito rotativo, saques no cheque especial e empréstimos para pagar empréstimos.

5: Monte um orçamento realista

Defina quanto pode destinar às dívidas mensalmente sem comprometer despesas essenciais (moradia, alimentação, transporte, saúde). O educador financeiro explica que a adaptação 50-30-20 costuma funcionar bem. ‘50% para necessidades básicas, 40% para quitação de dívidas, 10% para emergências mínimas’.

Também é importante colocar os pagamentos prioritários em débito automático, isso evita atrasos, quebras de acordos e juros adicionais.

6: Busque renda extra de forma estruturada

Toda renda adicional deve ir direto para o abatimento das dívidas mais caras. Opções imediatas como venda de itens não essenciais (roupas, eletrônicos antigos, móveis), freela em sua área de expertise (Workana, 99Freelas, GetNinjas), serviços sob demanda (delivery, motorista, pequenos serviços), monetização de habilidades (aulas particulares, consultorias, revisão de textos), etc.

7: Reserve um valor mínimo para emergências

‘Paradoxalmente, mesmo endividado, você precisa de uma reserva emergencial mínima para não contrair novas dívidas ao primeiro imprevisto. Comece com uma meta de R$ 500 a R$ 1.000 ou 5% da sua renda mensal, guardados em conta que renda pelo menos 100% do CDI. Um problema de saúde, conserto de carro ou demissão sem essa reserva forçará você a recorrer novamente ao crédito caro’, reforça o especialista.

8: Evite tentações de fim de ano

O Dieese estima que 92,2 milhões de brasileiros receberão o 13º salário em 2025, com valor médio de R$ 3.096,78, este dinheiro pode eliminar dívidas caras ou ser desperdiçado em consumo impulsivo.

Uma destinação inteligente do 13º é direcionar 70% para quitar ou negociar dívidas prioritárias, outros 20% para reserva de emergência e 10% para necessidades essenciais de janeiro (IPTU, IPVA, material escolar).

Evite alimentar o ego com presentes caros, festas extravagantes, eletrodomésticos parcelados e “oportunidades imperdíveis” da Black Friday, isso fará com que todo seu esforço seja desperdiçado.

9: Invista em educação financeira

Segundo pesquisa da Serasa com a Geração Z, apenas 10% dos jovens afirmam ter aprendido sobre finanças pessoais em casa. Conhecimento é a única ferramenta que impede a reincidência no endividamento.

Informação gratuita e de qualidade como o canal do YouTube do Banco Central (educação financeira oficial), cursos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), aplicativo do Serasa (educação financeira + controle de score), podcasts e canais de finanças pessoais de profissionais certificados são ótimas opções.

10: Visualize e deseje o futuro sem dívidas

Ter clareza do “porquê” você está fazendo esse esforço mantém a motivação nos momentos difíceis. São muitos benefícios concretos para te motivar sair das dívidas, como o acesso a crédito mais barato (Score alto = juros menores). O nome limpo também abre portas para aluguel, financiamentos e empregos, além de se acostumar a ter o dinheiro trabalhando para você, não contra.

‘A taxa Selic está em 15% ao ano, o maior patamar em 19 anos, encarecendo ainda mais o custo do dinheiro e o momento para agir é agora. O futuro financeiro que você deseja começa com as escolhas que você faz hoje’, finaliza Barros.

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