Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Tharsila Prates
Agência Brasil
Publicado em 1 de setembro de 2025 às 18:53
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela tentativa de golpe de estado em 2022. O grupo faz parte do núcleo principal da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). >
Serão oito sessões marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, sendo nos dois turnos em três desses dias (2, 9 e 12).>
No dia 12 de setembro, está prevista a apresentação e a leitura da sentença - procedimentos que deverão durar das 9h às 19h. Não está descartado, porém, que algum dos ministros peça vistas, o que suspenderá o julgamento. É que, pelo regimento interno, qualquer integrante da Corte pode pedir mais tempo para analisar o caso. Se isso acontecer, o processo deve ser devolvido para julgamento em 90 dias.>
Nesta terça (2), às 9h, primeiro dia de julgamento, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.>
Em seguida, o ministro chamará o processo para julgamento e dará a palavra a Alexandre de Moraes, que fará a leitura do relatório com o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.>
Após a leitura do relatório, Zanin passará a palavra para a acusação e as defesas dos réus.>
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, será responsável pela acusação. Ele terá a palavra pelo prazo de até duas horas para defender a condenação dos réus.>
Após a sustentação da PGR, os advogados dos réus serão convidados a subir à tribuna para as sustentações orais em favor dos acusados. Eles terão prazo de até uma hora, cada um, para suas considerações.>
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;>
Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);>
Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;>
Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;>
Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);>
Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;>
Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;>
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.>
Eles respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.>
A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição. >