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Carol Neves
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 08:43
Menos de um dia depois de ter deixado a Penitenciária Osvaldo Ferreira Leite, em Sinop (503 km de Cuiabá), João Ferreira da Silva, 46 anos, acabou executado a tiros na manhã desta quarta-feira (10). O pedreiro, preso por estuprar e matar um garoto de 9 anos, tinha sido colocado em liberdade após a emissão de um alvará de soltura pela Justiça. As informações são do portal G1.>
Imagens de segurança mostram o instante em que dois homens abordam João diante de uma pousada. Nas cenas, um dos suspeitos o empurra e, em seguida, dispara várias vezes, enquanto o comparsa acompanha a ação e dá cobertura. O pedreiro cai na calçada, e a dupla foge logo após os disparos.>
Condenado por estupro e morte de menino é assassinado
A Polícia Militar, a Polícia Civil e equipes da Politec foram acionadas para atender a ocorrência e fizeram o isolamento da área. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop conduz a apuração para identificar quem participou do ataque e verificar o que motivou o crime, incluindo a possibilidade de relação com a saída recente de João da prisão.>
Veja a cena flagrada pelas câmeras de segurança: >
Relembre crime>
João havia sido condenado pelo assassinato de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, ocorrido em 28 de outubro de 2005. Na época, as investigações apontaram que ele atraiu o garoto para uma casa em construção. Em depoimentos, confessou ter agredido, abusado sexualmente e matado a criança, enterrando o corpo nas proximidades.>
A família de Bruno avisou a polícia do desaparecimento logo após perceber que o menino não retornou para casa, o que mobilizou buscas em diferentes pontos da cidade. Dez dias mais tarde, João foi preso depois de tentar atacar outra criança. Durante diligências na obra onde trabalhava, policiais localizaram evidências que o vinculavam ao sumiço do garoto, entre elas bolinhas de gude pertencentes à vítima. Ele assumiu o crime e apontou o local do enterro.>
O inquérito reuniu laudos de necropsia, análise da cena do crime, mapas de lesões e a confirmação da ocultação do cadáver. Mesmo após ter confessado inicialmente, João afirmou em juízo que “não se recordava se foi ou não o autor dos fatos”.>