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Osmar Marrom Martins
Publicado em 17 de abril de 2025 às 11:38
Antes da popularização da internet e consequentemente das redes sociais, era tradição na Sexta-feira Santa, os cinemas e as emissoras de televisão exibirem filmes religiosos que faziam o maior sucesso. Alguns eram repetidos anualmente, mas ninguém se importava. Clássicos como A Paixão de Cristo, Ben Hur, Sansão e Dalila, O Rei dos Reis, o Sinal da Cruz entre outros. >
Essa tradição fazia parte do jejum de carne e os católicos mais devotos só comiam peixe. Claro que muita gente ainda segue essa tradição, mas quanto aos filmes religiosos raramente se vê, hoje em dia algum cinema exibindo e na televisão você tem que procurar com lupa - ou então ir para os streamings que mantêm em catálogo alguns clássicos. >
Confesso que não perdia uma sessão de cinema com esses filmes. E também assistia pela TV. Mas com o passar dos anos e meu interesse pelo rock, descobri um filme chamado Jesus Cristo Superstar. E desde que assisti pela primeira vez, todo ano eu o revejo. Agora, ele está disponível num canal de filmes antigos. Apesar de ter sido feito em 1973, para mim continua atual. >
Trata-se de um filme de 1973 dirigido pelo cineasta canadense Norman Jewison. Adaptação cinematográfica da opera rock homônima de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, o filme é estrelado por Ted Neeley, Carl Anderson, Ivone Elliman e Barry Dennen e gira em torno do conflito entre Judas e Jesus durante a semana antes da crucificação de Jesus. >
Neeley e Anderson foram indicados para dois prêmios Globo de Ouro em 1974 por seus retratos de Jesus e Judas, respectivamente. Embora tenha atraído críticas de alguns grupos religiosos, comentários para o filme ainda foram positivos. A trilha sonora para o filme foi lançada em LP pela MCA Records em 1973. E foi relançado em em1993 e 1998. >
Para os mais modernos tem A última Tentação de Cristo que causou uma série de protestos na época. Baseado no romance de Nikos Kazantzakis e dirigido por Martin Scorsese, o filme traz Jesus Cristo como um homem comum, encarnado num Messias contraditório, frágil e perturbado, que se autoproclama filho de Deus. Suas pregações na Judeia, então colônia romana, chocam e incomodam o governo, que decide se livrar dele. Na cruz, ele imagina como seria sua vida se, ao invés de assumir o peso da salvação dos homens, tivesse levado uma vida comum com esposa e filhos. >