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Certificação do Ensino Médio pelo Enem: como funciona e quem pode fazer

O retorno da certificação via Enem reafirma que a formação escolar na vida adulta continua sendo uma rota legítima e potente

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 05:00

Prova do Enem 2025
Prova do Enem 2025 Crédito: Angelo Miguel/MEC

O retorno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como via de certificação do Ensino Médio reacende debates importantes sobre caminhos possíveis para jovens e adultos que desejam retomar os estudos. A decisão resgata o sentido original do exame: avaliar, de forma ampla e consistente, se o estudante desenvolveu competências essenciais ao fim da educação básica. Além disso, ela também pode ser uma oportunidade para que milhares de pessoas, que conciliam trabalho, família e a vida adulta, possam enxergar uma porta aberta para universidades.

A iniciativa amplia sua função social, criando um elo direto entre a conclusão da escolaridade e o acesso ao ensino superior. Com uma única avaliação, o candidato pode não só obter o certificado, mas concorrer a vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Prouni (Programa Universidade para Todos) e Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior (Fies). Em um país onde parte da sociedade é marcada por jornadas longas e tempo escasso, essa integração reduz barreiras e dá fluidez a processos que antes exigiam múltiplas etapas.

Com essa mudança, o Enem reforça seu posicionamento de ser uma ferramenta de inclusão e equidade educacional. A gratuidade e a centralização em um único exame fortalecem a democratização do acesso. Em linhas práticas, significa que mais pessoas acreditarão na retomada dos seus projetos acadêmicos, o que é transformador.

Para quem deseja concluir o Ensino Médio mediante o Enem, algumas competências precisam ganhar destaque. O exame mede interpretação, mas também conhecimento estruturado e habilidades consolidadas. Isso exige contato com provas anteriores, leitura atenta da matriz de referência e compreensão dos eixos que orientam a avaliação. A exigência de notas mínimas para certificação e proficiência afasta a lógica do estudo de última hora, reforçando que é fundamental um processo de aprendizagem contínuo e bem fundamentado.

Se, por um lado, a mudança não deve gerar um movimento significativo em cursos preparatórios (o que não se observou no passado), por outro ela certamente tornará mais claro para o estudante o que ele precisa dominar. O propósito pode não surgir automaticamente, mas a percepção dos critérios de aprendizagem ganha nitidez. Fica evidente quais conhecimentos e habilidades são essenciais para se nivelar ao Ensino Médio brasileiro.

O retorno da certificação via Enem reafirma que a formação escolar na vida adulta continua sendo uma rota legítima e potente. E, sobretudo, coloca o estudante no centro do processo de desenvolvimento da sua própria carreira. Quando políticas educacionais possibilitam às pessoas a chance de escrever o próprio percurso, elas promovem um reencontro com o futuro e com a ideia de que aprender, em qualquer idade, é um ato de persistência e possível.

Marcos Raggazzi é diretor-executivo das unidades escolares do Bernoulli Educação

Tags:

Enem